PC Chinês expulsa dois altos quadros por suspeitas de corrupção
O antigo vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da China He Xingxiang e o ex-secretário do Partido Comunista Chinês na cidade de Hangzhou Zhou Jiangyong foram expulsos do partido, anunciou hoje o órgão anticorrupção do PCC.
© Reuters
Mundo China
A Comissão Central de Inspeção Disciplinar anunciou, em dois comunicados, a expulsão de Zhou e He também de todos os cargos públicos.
Ambos "violaram gravemente as leis e a disciplina do Partido Comunista", segundo a comissão.
Durante a sua estada em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, no leste da China, Zhou participou de "banquetes que podiam afetar o uso imparcial do seu poder", além de "aceitar presentes e grandes somas de dinheiro em colaboração com os seus familiares".
De acordo com a comissão, Zhou "aproveitou as suas posições para beneficiar outros", fingiu "seguir as diretrizes" do Comité Central do PCC, quando na verdade "agiu contra estas", e envolveu-se em "atividades supersticiosas".
Zhou também "conspirou com as forças do capital" e apoiou a "expansão desenfreada do capital", uma acusação usada, especialmente, após a campanha de "prosperidade comum" lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, no ano passado.
He Xingxiang "perdeu os seus ideais e convicções" e "traiu a sua missão original", acusou a agência anticorrupção.
Além de "aceitar subornos", em forma de dinheiro e presentes, He concedeu empréstimos "ilegalmente", comportamentos que causaram "grandes danos à nação" e "significativos riscos financeiros".
Fundado em 1994, o Banco de Desenvolvimento da China está sob a jurisdição do Conselho de Estado Chinês, o Executivo do país, e é um dos bancos estatais encarregados, entre outras coisas, de fornecer fundos para grandes projetos de infraestrutura no exterior, incluindo em África.
De acordo com a comissão, os bens obtidos ilicitamente de ambos os funcionários foram confiscados e os seus casos entregues à justiça.
Após ascender ao poder, em 2012, o atual secretário-geral do PCC e Presidente da China, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção no âmbito da qual mais de um milhão de funcionários foram punidos, incluindo centenas de altos quadros.
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