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Agente da polícia israelita que ignorou esfaqueado vai ficar de licença

O vice-comissário da polícia de Israel vai ficar de licença até à conclusão de uma investigação, aberta após ter sido filmado a abandonar uma vítima de esfaqueamento no local do crime, sem prestar assistência, informou hoje a polícia.

Agente da polícia israelita que ignorou esfaqueado vai ficar de licença
Notícias ao Minuto

23:56 - 24/01/22 por Lusa

Mundo Israel

O major-general Jamal Hakroosh, de 64 anos, fez história quando foi nomeado vice-comissário, em 2016, para liderar os esforços de divulgação para a minoria árabe de Israel, tornando-se o muçulmano árabe de mais alto escalão na polícia de Israel.

Em setembro de 2020, Hakroosh foi ao escritório de uma fábrica, na sua cidade natal, Kfar Qana, onde ocorreu uma discussão entre dois homens, um dos quais esfaqueou o outro no peito.

Imagens de câmaras de segurança obtidas pelo jornal israelita Haaretz mostram Hakroosh a descer uma escada e a tropeçar no homem que tinha sido esfaqueado, antes de deixar a cena do crime.

Hakroosh ignorou o agressor, que estava barricado noutra sala, e não prestou primeiros socorros à vítima do esfaqueamento, noticiou o Haaretz.

Em comunicado, citado pela Associated Press (AP), a polícia adiantou que foi iniciada uma investigação e que Hakroosh ficará de licença até que a mesma esteja concluída.

Os cidadãos árabes de Israel, que representam cerca de 20% da população de 9,5 milhões do país, são vítimas de discriminação generalizada.

Os líderes comunitários há muito que acusam as autoridades israelitas de ignorar o crime entre as suas comunidades, porque não afeta os judeus.

O Governo lançou uma série de iniciativas para combater o crime nos últimos anos, mas muitos árabes desconfiam da força dominada pelos judeus, dificultando a cooperação.

O atual Governo de Israel, o primeiro a incluir um partido árabe, redobrou os esforços para combater o crime na comunidade.

Pelo menos 125 árabes foram assassinados em 2021, tornando-se o ano mais mortal já registado, de acordo com a Abraham Initiatives, uma organização sem fins lucrativos que promove a coexistência judaico-árabe.

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