Bebé retirada do ventre da mãe morta "juntou-se à família como mártir"
A recém-nascida sofria de problemas respiratórios e tinha um sistema imunitário fraco logo desde o nascimento.
© REUTERS/Mohammed Salem
Mundo Gaza
O médico que estava a tratar da recém-nascida Sabreen al-Rouh, a bebé que foi retirada do ventre da mãe que morreu na sequência de um ataque aéreo israelita na Faixa de Gaza, afirmou que ela se "juntou à sua família como mártir".
A bebé sofria de problemas respiratórios e tinha um sistema imunitário fraco logo desde o nascimento, conforme declarou o chefe da unidade neonatal de emergência do Hospital Emirati, à agência Reuters.
"Eu e outros médicos tentámos salvá-la, mas ela morreu. Para mim, pessoalmente, foi um dia muito difícil e doloroso. Ela nasceu quando o seu sistema respiratório ainda não estava maduro e o seu sistema imunitário estava muito fraco, o que levou à sua morte. Ela juntou-se à sua família como mártir", declarou Mohammad Salama.
A criança - que nasceu às 30 semanas de gestação com um peso de 1,4 quilogramas numa cesariana de urgência - deveria ser adotada pela avó materna, Mirvat al-Sakani.
"A avó pediu-me a mim e aos médicos que cuidássemos dela, porque ela seria alguém quem manteria viva a memória da mãe, do pai e da irmã, mas foi a vontade de Deus que ela morresse", acrescentou Salama.
De recordar que a mãe da menina foi morta num dos ataques aéreos israelitas durante a noite do passado sábado contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que matou 13 pessoas, incluindo nove crianças.
A mulher grávida, Sabreen Al-Sheikh, perdeu a vida juntamente com o seu marido Shokri e a sua filha Malak. Agora, a filha Sabreen foi enterrada ao seu lado.
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