Pelo menos quatro tunisinos morrem em naufrágio ao largo da Tunísia
Quatro tunisinos, incluindo uma rapariga, morreram e outros sete estão desaparecidos na sequência do naufrágio de um barco com migrantes ao largo da cidade de Sfax, no centro-leste da Tunísia, informou hoje a Guarda Costeira local.
© Reuters
Mundo Migrações
"O barco partiu da costa da Tunísia e afundou-se entre a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta-feira frente às ilhas de Kerkennah", ao largo de Sfax, a segunda cidade do país, disse à agência de notícias AFP o porta-voz da Guarda Nacional, Houssem Eddine Jebabli.
"Segundo testemunhos, havia 32 migrantes a bordo, todos tunisinos. Resgatámos 21 com vida e rapidamente recuperamos o primeiro corpo", disse o responsável.
Em seguida, prosseguiu o porta-voz, a guarda costeira "resgatou outros três corpos, incluindo o de uma rapariga", que, segundo os 'media' locais, teria cerca de dez anos.
"As operações de busca para encontrar as outras pessoas desaparecidas continuam", acrescentou o porta-voz.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram no mar em 2021, ao tentarem chegar à Europa, em particular à Itália, Espanha ou Grécia, através do Mar Mediterrâneo e da rota marítima do noroeste de África.
Dos mais de 115.000 migrantes que chegaram à Europa no ano passado, mais de 20% vinham da Tunísia, país em crise económica onde a taxa de desemprego ultrapassou recentemente os 18%, com um índice de 41% entre os jovens, incluindo licenciados.
O país, que foi o berço das revoltas da Primavera Árabe em 2011, vive uma grave crise política desde o golpe de Estado realizado pelo Presidente tunisino, Kais Saied, em 25 de julho.
O chefe de Estado tunisino, democraticamente eleito em 2019, assumiu plenos poderes, demitiu o primeiro-ministro e dissolveu o Parlamento, que era dominado há dez anos pelo partido tunisino de inspiração islâmica Ennahda.
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