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Irão regressa à Organização de Cooperação Islâmica na Arábia Saudita

A missão diplomática do Irão junto da Organização para a Cooperação Islâmica vai reabrir os escritórios em Jeddah, na Arábia Saudita, seis anos após as relações entre os dois rivais regionais terem sido interrompidas, anunciaram hoje as autoridades iranianas.

Irão regressa à Organização de Cooperação Islâmica na Arábia Saudita
Notícias ao Minuto

16:25 - 17/01/22 por Lusa

Mundo Diplomacia

"A delegação, que está atualmente em Jeddah, começará o trabalho na Organização para a Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês), o que pode ser um prelúdio" para a reabertura de uma embaixada, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Khatibzadeh, sem adiantar a data em que os escritórios serão reabertos.

"O foco está no início do trabalho da delegação iraniana em Jeddah. Os nossos diplomatas receberam vistos para avaliar" a situação, indicou ainda o mesmo porta-voz.

Um funcionário da OIC, que pediu anonimato, confirmou à agência noticiosa France-Presse (AFP) a chegada da delegação iraniana à cidade saudita, indicando que os representantes de Teerão deverão participar numa reunião da organização no próximo domingo.

O reino sunita da Arábia Saudita e a República Islâmica do Irão (de maioria xiita) romperam as relações diplomáticas em janeiro de 2016, após a execução, por Riade, de um influente oponente religioso xiita.

No entanto, os dois países, que se acusam mutuamente de desestabilizar a região do Médio Oriente, têm expressado o desejo de ultrapassar as divergências e deram início a negociações nesse sentido nos últimos meses.

A 23 de dezembro, representantes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países confirmaram que três diplomatas iranianos obtiveram vistos para poderem trabalhar na OIC, criada em 1969, que conta com 57 países membros e tem sede em Jeddah, a principal cidade portuária do oeste da Arábia Saudita.

O chefe da diplomacia iraniana elogiou então os esforços de mediação do vizinho Iraque, que contribuiu para melhorar as relações entre Teerão e Riade, que já realizaram quatro rondas negociais em Bagdade apesar das divergências que os opõem em muitas questões, com destaque para a guerra no Iémen, que começou em 2014 e agravou-se com a intervenção das potências regionais.

O Iémen tornou-se palco de uma guerra em finais de 2014 entre os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que em março de 2015 seria apoiado por uma coligação militar internacional árabe, liderada pela Arábia Saudita.

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