EUA pedem ao mundo que apoie participação robusta de Taiwan na ONU
Os Estados Unidos apelaram hoje ao resto do mundo para que "apoie uma participação significativa e robusta de Taiwan" nas instituições da ONU, apesar da resistência da China.
© Erin Scott/Bloomberg via Getty Images
Mundo Estados Unidos
"Taiwan é um parceiro crucial dos Estados Unidos e um sucesso democrático", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Antony Blinken, garantindo que a contribuição da ilha é necessária para lidar com "um número sem precedentes de desafios mundiais".
O Presidente dos Estados Unidos afirmou, na quinta-feira passada, que o país está preparado para defender militarmente Taiwan, em caso de ataque da China, um dia depois de o próximo embaixador norte-americano em Pequim, Nicholas Burns, ter recomendado aumentar a venda de armas à ilha para reforçar as defesas, avisando que "não se pode confiar na China"
Pequim reagiu quase de imediato, tendo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, reafirmado a alegação de longa data da China de que a ilha é parte do seu território.
"Quando se trata de questões relacionadas com a soberania e integridade territorial da China, e outros interesses fundamentais, não há espaço para a China fazer concessões, e ninguém deve subestimar a forte determinação, vontade e capacidade do povo chinês para defender a soberania nacional e integridade territorial", realçou Wang.
"Taiwan é parte inalienável do território da China. A questão de Taiwan é puramente um assunto interno da China, que não permite intervenção estrangeira", disse.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo Governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Em 1979, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipé para reconhecer o Governo comunista baseado em Pequim como o único representante da China. Mas continuaram a ser o principal aliado e fornecedor de armas para o território.
Os EUA não contestam abertamente a reivindicação da China, mas estão comprometidos por lei a garantir que o território tem capacidade para se defender.
Sob a liderança do Presidente Xi Jinping, que também é líder do Partido Comunista e chefe das forças armadas, a China tem intensificado a pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan.
Por seu lado, os EUA reforçaram o seu apoio a Taiwan através da venda de armamento.
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