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Parlamento libanês não toma decisão para aliviar crise de combustíveis

O parlamento libanês concluiu hoje uma sessão sobre a crise energética sem tomar qualquer decisão quanto ao levantamento dos subsídios aos combustíveis, anunciado na semana passada pelo Banco Central desencadeando pânico e uma grande escassez de combustíveis no país.

Parlamento libanês não toma decisão para aliviar crise de combustíveis
Notícias ao Minuto

20:20 - 20/08/21 por Lusa

Mundo Líbano

"A solução reside na formação de um novo Governo o mais rapidamente possível, bem como na emissão de cartões 'de racionamento' e na liberalização do mercado", disse no final da sessão o presidente do parlamento, Nabih Berri.

Uma fonte próxima do parlamento explicou à agência noticiosa espanhola Efe que Berri se referia ao problema do monopólio dos comerciantes, numa altura em que escasseiam diversos produtos básicos, cujos preços dispararam.

Segundo essa fonte, durante a sessão não foi tomada qualquer decisão vinculativa e seria necessário que o parlamento aprovasse uma lei para o levantamento dos subsídios.

Acrescentou que o mais provável é que tal não aconteça até que se forme um novo executivo, coisa que, no último ano, três diferentes primeiros-ministros nomeados tentaram fazer sem êxito.

O governador do Banco Central, Riad Salam, anunciou a 11 de agosto que a instituição não poderia continuar a apoiar a importação de combustíveis dando aos importadores dólares ao câmbio de 3.900 libras libanesas por dólar, quando a moeda alcançou nas últimas semanas as 20.000 libras no mercado negro.

O anúncio de Salam esbarrou na oposição das autoridades, perante o que o dirigente do Banco Central insistiu que a única forma de manter os subsídios seria que o parlamento desse luz verde à utilização das "reservas obrigatórias", que a instituição financeira deve manter como base mínima para, entre outras coisas, reduzir o risco de insolvência dos bancos.

Desde o anúncio do Banco Central, na semana passada, o Governo não fixou novos preços oficiais para os diferentes tipos de combustível, o que contribuiu para a confusão e a grave escassez deste bem necessário para alimentar os geradores elétricos privados, numa altura em que o abastecimento elétrico estatal é quase inexistente.

Em apenas três dias, as forças de segurança apreenderam quase 4,4 milhões de litros de gasolina e 2,2 milhões de litros de gasóleo em rusgas em gasolineiras e armazéns suspeitos de não estar a vender ao público os seus 'stocks', à espera de o fazer só quando entrarem em vigor os novos preços.

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