Bruxelas disponível para acordo e espera igual vontade dos EUA

A Comissão Europeia reiterou hoje a disponibilidade da União Europeia (UE) para ainda chegar a acordo comercial com os Estados Unidos no novo prazo de agosto, esperando igual vontade norte-americana de "um resultado aceitável para ambos".

uniao europeia, bandeira, UE

© Reuters

Lusa
09/07/2025 13:41 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Tarifas

"Os Estados Unidos transferiram o seu prazo para finalizar os acordos com os países parceiros para o dia 01 de agosto, mas pretendemos chegar a um acordo antes dessa data, potencialmente mesmo nos próximos dias, [e por isso] mostrámos a nossa disponibilidade para chegar a um acordo de princípio", disse o porta-voz da Comissão Europeia para a área do Comércio, Olof Gill.

 

"Contamos que os Estados Unidos continuem a empenhar-se neste sentido pois chegar a um acordo depende agora da sua vontade no sentido de encontrar um resultado que seja aceitável para ambas as partes", acrescentou, falando na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas.

Referindo que as equipas comunitárias "têm trabalhado incansavelmente a nível técnico e político", Olof Gill anunciou que o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, vai falar esta tarde com o representante do Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, depois de ter falar na terça-feira com o Secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick.

"A UE continua totalmente empenhada em alcançar esse resultado a fim de proporcionar estabilidade e previsibilidade aos nossos operadores económicos, comerciantes e consumidores", adiantou o porta-voz.

Hoje mesmo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse estar a trabalhar estreitamente com os Estados Unidos para fazer avançar o processo relativo ao acordo comercial, afirmando que a UE espera "boa-fé" nas negociações e se prepara para todos os cenários.

As declarações foram feitas no dia do suposto prazo definido informalmente pelos Estados Unidos como data-limite para concluir um acordo comercial com o bloco comunitário para evitar a aplicação de tarifas punitivas de 20% a 50% sobre produtos europeus.

No início desta semana, os Estados Unidos afirmaram que as chamadas tarifas recíprocas norte-americanas às importações vindas de todo o mundo, que tinham sido suspensas até 09 de julho, entrarão em vigor em 01 de agosto, prazo reforçado esta noite por Donald Trump, que avisou que não haverá prorrogações.

Na terça-feira, o comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, defendeu que, "quanto mais depressa se chegar a um acordo, melhor" para acabar com a guerra tarifária entre União Europeia e Estados Unidos, apontando que um eventual adiamento até agosto "daria um pouco mais tempo".

As tensões comerciais entre Bruxelas e Washington devem-se aos anúncios do Presidente Donald Trump de imposição de taxas de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% a 50% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas, entretanto, suspensas por 90 dias.

A Comissão Europeia, que detém a competência da política comercial da UE, tem optado pela prudência e essa cautela é apoiada por países como Portugal.

Bruxelas quer conseguir negociar com Washington, tendo já proposto tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.

Atualmente, 379 mil milhões de euros em exportações da UE para os Estados Unidos, o equivalente a 70% do total, estão sujeitos às novas tarifas (incluindo as suspensas temporariamente) desde que a nova administração dos Estados Unidos tomou posse, em janeiro passado.

Leia Também: Tarifas. Von der Leyen diz estar trabalhar com EUA para acordo de boa-fé

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