União Europeia lamenta saída da Rússia do Tratado dos 'Céus Abertos'
O alto representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, lamentou a saída da Rússia do Tratado de 'Céus Abertos', acordo multilateral que permite a trinta países recolherem informações militares desde o espaço aéreo.
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Mundo UE
Em comunicado, Borrell qualificou esta decisão de "deplorável" e alertou que terá um efeito prejudicial na estratégia global de controlo de armas que envolve 30 países.
O diplomata da UE disse ainda que vai "analisar as implicações" desta decisão para a segurança do organismo e dos seus parceiros, noticia a agência EFE.
Josep Borrell apontou ainda a próxima conferência dos países que integram o tratado como um momento chave para "refletir sobre o caminho no futuro, após este abandono".
"Ao fornecer transparência e previsibilidade, o Tratado de 'Céus Abertos' ajudou a construir uma confiança vital. Devolver a todos as suas obrigações sob este tratado aumentaria a segurança e estabilidade europeias e globais", acrescentou.
Também o Conselho do Atlântico Norte, órgão máximo de tomada de decisões da NATO, lamentou a decisão de Moscovo.
Mas salientou que a Rússia "recusou-se durante muitos anos a cumprir integralmente as suas obrigações neste tratado, impondo restrições de voo sobre a região de Kaliningrado, perto da fronteira com a Geórgia".
Em 07 de junho o Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou a lei sobre a retirada da Rússia do Tratado de 'Céus Abertos', após anteriormente ter recebido 'luz verde' do Parlamento.
O acordo multilateral entre 30 países para garantir a transparência no controlo de armas já tinha sido abandonado pelos Estados Unidos no ano passado.
No final de maio, Washington tinha notificado Moscovo de que a nova administração norte-americana, liderada por Joe Biden, não iria regressar a este acordo assinado em 1992 e em vigor desde 2002.
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