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Iraque. Milhares de xiitas protestam contra bombardeamentos na Palestina

Milhares de apoiantes do líder xiita Moqtada Sadr manifestaram-se hoje em Bagdade e em outras cidades iraquianas, em solidariedade com os palestinianos, bombardeados por Israel na Faixa de Gaza.

Iraque. Milhares de xiitas protestam contra bombardeamentos na Palestina
Notícias ao Minuto

19:41 - 15/05/21 por Lusa

Mundo Manifestação

Desde segunda-feira que o movimento islamita dominante em Gaza - o Hamas - e Israel têm vindo a trocar disparos de e para o enclave palestiniano onde residem dois milhões de pessoas.

Dos confrontos entre palestinianos e o exército israelita na Cisjordânia ocupada têm resultado ataques mortais.

Reunidos na Praça Tahrir, no centro de Bagdade, sob uma enorme bandeira palestiniana, os manifestantes agitaram bandeiras da Palestina e iraquianas e imagens de Moqtada Sadr.

"Jerusalém é nossa, morte a Israel", "o mundo está contra a Palestina, mas Deus apoia-a" são algumas das frases que se podem ler em tarjas.

Num discurso lido pelo xeique Ibrahim al Jabari, o seu representante em Bagdade, Moqtada Sadr disse estar com "os palestinianos, para o melhor e para o pior".

"Israel está a tentar por todos os meios conciliar-se com árabes e muçulmanos, normalizando as relações com alguns Estados guiados apenas pelos seus interesses económicos e financeiros, mas os palestinianos nunca baixarão a cabeça a não ser perante Deus", acentuou.

Em frente aos manifestantes, que cantaram "viva Moqtada Sadr", o líder xiita salientou: "não há diferença entre sunitas e xiitas no confronto contra o sionismo", acrescentando que o Iraque está com os palestinianos.

Também decorreram manifestações em várias localidades xiitas do Sul, nomeadamente em Basra, Nassiriya e Diwaniya.

Além da defesa da causa palestiniana, dizem os peritos, as mobilizações representaram uma demonstração de força por parte dos apoiantes de Sadr, com vista às eleições gerais antecipadas, previstas para 10 de outubro.

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Kazimi, já tinha condenado o que considerou "a cobarde agressão israelita contra palestinianos desarmados em Jerusalém e Gaza".

Desde o início de mais um conflito armado entre Israel e grupos palestinianos na Faixa de Gaza, na segunda-feira, cerca de 150 pessoas, a maioria palestinianos no enclave palestiniano, foram mortas.

Em Gaza, pelo menos 139 pessoas foram mortas, incluindo 39 crianças e 22 mulheres. Em Israel, morreram oito pessoas, incluindo um homem atingido por um ´rocket` que atingiu Ramat Gan, um subúrbio de Tel Aviv.

O aumento da violência faz recear uma nova "intifada" palestiniana, numa altura em que as conversações de paz não existem há vários anos.

Os palestinianos assinalam hoje o Dia de Nakba (Catástrofe), quando cerca de 700.000 pessoas foram expulsas ou fugiram das suas casas nos territórios onde hoje se situa Israel, durante a guerra de 1948, o que faz aumentar a preocupação de maior agitação.

Leia Também: Violência marca algumas das manifestações pró-Palestina pelo mundo

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