Caixões de cartão ‘invadiram’ uma das praças mais famosas de Milão, esta sexta-feira, por forma a alertar para o número de mortes em contexto laboral em Itália.
O protesto foi organizado pelo segundo maior sindicato laboral daquele país, a União Italiana do Trabalho (UIL), que apelou a que tanto o governo como as empresas fizessem mais pelos trabalhadores.
"Hoje é um dia de raiva, de angústia, porque por detrás de cada caixão que colocamos aqui estão nomes e sobrenomes", esclareceu o dirigente sindical Enrico Vezza, citado pela Associted Press.
O responsável assinalou que 41 trabalhadores já perderam a vida na Lombardia só este ano, juntando-se aos 172 representados na Piazza La Scala, que morreram naquela região em 2023.
Sob o mote ‘Zero mortes’, uma placa deixada na praça deu conta do número de trabalhadores que morreram em contexto laboral desde 2018. Houve um pico em 2020, devido à pandemia da Covid-19, no qual o país registou 1.709 mortes. No ano passado, 1.041 pessoas perderam a vida enquanto trabalhavam.
Itália ocupa o oitavo lugar entre os países europeus com mais mortes em contexto laboral, registando uma incidência de 2,66 por 100 mil trabalhadores, contra a média da União Europeia de 1,76, segundo dados da Eurostat.
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