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Protestos na Birmânia contra junta militar continuam

Os protestos contra a junta militar birmanesa, que efetuou o golpe de Estado de 1 de fevereiro, continuam hoje em várias cidades da Birmânia, apesar do compromisso de paz entre líderes asiáticos e aquela força, relata a Efe.

Protestos na Birmânia contra junta militar continuam
Notícias ao Minuto

11:31 - 25/04/21 por Lusa

Mundo Birmânia

Banguecoque, Tailândia, 25 de abr, 2021 (Lusa) - Os protestos contra a junta militar birmanesa, que efetuou o golpe de Estado de 1 de fevereiro, continuam hoje em várias cidades da Birmânia, apesar do compromisso de paz entre líderes asiáticos e aquela força, relata a Efe.

Segundo a agência de noticias espanhola, hoje não houve manifestações em massa nas grandes cidades, mas há marchas pacíficas em várias localidades, entre as quais uma de monges budistas em Mandalay, a segunda cidade do país, onde também dezenas de jovens saíram em apoio ao autodenominado Governo de Unidade Nacional, composto por antigos funcionários civis depostos.

De acordo com o portal Khit Thit Media, refere a Efe, houve também manifestações num distrito de Rangoon, a cidade mais populosa da Birmânia, e em cidades mais pequenas como Namti, no estado de Kachin, controladas por guerrilheiros étnicos que pegaram em armas contra os militares.

Os protestos surgem um dia depois de ter sido alcançado um acordo, em Jacarta, entre os líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a junta militar para pôr fim à violência contra civis.

Sábado, na sequência de uma reunião de emergência sobre a crise birmanesa e apesar das diferenças iniciais de posições entre os membros, o bloco ASEAN aprovou, "de forma consensual", um comunicado declarando que "haverá uma cessação imediata da violência na Birmânia e todas as partes exercerão a máxima contenção".

No entanto, aquele acordo tem sido criticado por ativistas birmaneses e grupos de direitos humanos pela falta de pormenores sobre a forma como as medidas acordadas serão implementadas e por não incluir qualquer compromisso sobre a libertação dos mais de 3.000 prisioneiros políticos do país.

De acordo com a Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP), pelo menos 748 pessoas foram mortas pela repressão da junta militar desde 1 de Fevereiro e 3.389 permanecem em detenção política, incluindo a líder deposto Aung San Suu Kyi.

Os militares justificam o golpe de Estado de 01 de Fevereiro com uma "alegada fraude" nas eleições de novembro de 2020, em que a Liga Nacional para a Democracia venceu com larga vantagem o partido liderado por Suu Kyi, que está sob prisão domiciliária desde a revolta.

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