São Tomé. Covid não pode ser motivo para falta de alimento aos cidadãos
O presidente são-tomense da Aliança Parlamentar Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional disse hoje que as dificuldades que a covid-19 "impõe" ao seu país "não pode ser motivo para que faltem alimentos" aos cidadãos.
© Lusa
Mundo Pandemia
"A pandemia de covid-19 não pode nem deve ser motivo para que faltem alimentos para os cidadãos. Sem alimento não há saúde e sem saúde não há vida", disse Delfim Neves hoje, à margem dos trabalhos da 13ª Reunião da Equipa Multidisciplinar do escritório Sub-regional para a África Central da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Os trabalhos de dois dias deste fórum arrancaram esta terça-feira em oito países africanos, incluindo São Tomé e Príncipe, onde os trabalhos decorrem num dos hotéis da capital, e Delfim Neves, igualmente presidente da Assembleia Nacional (parlamento) participa na reunião como convidado.
O evento, que decorre através de vídeoconferência, debate temas como o reforço a resiliência e transformação dos sistemas alimentares face à pandemia de covid-19 e o seu impacto na segurança alimentar e nutricional.
São Tomé e Príncipe quer concertar posições com outros países da África Central para encontrar a melhor forma de sair desta crise alimentar e nutricional.
"Desde o início da pandemia, contamos com o apoio dos nossos parceiros, o que quer dizer que nós não estamos isolados", disse o ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural são-tomense.
"Já realizámos algumas atividades e conhecemos as regiões do nosso país que produzem mais alimentos, qual é a sua acessibilidade e a sua distribuição para as pessoas mais vulneráveis", explicou Francisco Ramos.
O governante referiu ainda que com o apoio do Programa Alimentar Mundial (PAM) foi feito um mapeamento a nível do país onde se define que tipo de alimento o país tem e como ter acesso a esses alimentos.
O ministro considera esta encontro como uma "oportunidade ímpar" para o seu país "mostrar o que tem feito" no âmbito da segurança alimentar e nutricional, colher experiências de outros parceiros e "participar com outros membros na elaboração de um programa urgente" para fazer face aos efeitos da pandemia de covid-19.
O representante da FAO em São Tomé e Príncipe reconheceu que, apesar de a África Central ter as condições climatéricas favoráveis para o desenvolvimento da agricultura, mais de 50 milhões de pessoas passam fome.
"Tratando-se de uma região que dispõe de condições propícias para produzir, infelizmente é a região onde grassa mais fome. Daí que seja preciso essa discussão para se ver até que ponto se podem resolver estas questões e relançar a África a produzir e não depender da importação", disse Argentino Pires dos Santos.
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