Pelo menos três pescadores desaparecidos em Cabo Delgado

Pelo menos três pescadores desapareceram durante a atividade na província moçambicana de Cabo Delgado, norte do país, que tem sido alvo de grupos terroristas desde 2017, disseram hoje à Lusa fontes locais.

Estudo aponta que Moçambique está "capturado" por interesses criminosos a vários níveis

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Lusa
09/07/2025 09:58 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

As fontes relataram tratar-se de três pescadores do posto administrativo de Mucojo, a cerca de 40 quilómetros de Macomia, que terão desaparecido no dia 05 de julho enquanto exerciam as suas atividades.

 

"Saíram de casa como sempre, mas até hoje não voltaram", disse à Lusa uma fonte a partir de Macomia, indicando que as comunidades locais desconfiam que os mesmos tenham sido raptados pelos grupos terroristas que continuam a circular e a atacar, sobretudo o posto administrativo de Quiterajo, também no distrito de Macomia.

"Se foram encontrados por grupos terroristas, pronto, pode ser que tenham sido levados para fazer o grupo", disse uma fonte local.

Desde a data do seu suposto desaparecimento, decorrem buscas visando a sua localização, sendo que um dos familiares das vítimas, em declarações à Lusa, disse que era suposto já terem regressado a terra, "porque nem comida tinham levado" quando saíram para pescar.

O posto administrativo de Quiterajo continua sob controlo das Forças de Defesa e Segurança moçambicanas (FDS), após as populações abandonarem o local devido a ataques de homens armados.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, que chegaram a provocar mais de um milhão de deslocados, incluindo a morte, em 2024, de 349 pessoas vítimas de ataques.

As novas movimentações de extremistas no norte de Moçambique incluem Niassa, província vizinha de Cabo Delgado, onde, desde a sua eclosão em 29 de abril, provocaram pelo menos a morte de dois guardas florestais que foram decapitados.

Leia Também: Moçambique aprova empréstimo de 17 milhões para construção de hospitais

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