Esta é a quarta renúncia de membros do gabinete nos últimos dias, depois das saídas dos responsáveis pelas pastas da Saúde, Trabalho e Economia.

"Não encarem isto como um ultimato, mas como uma tentativa sincera de resolver esta crise do governo", afirmou Kolíková em conferência de imprensa, na qual apareceu rodeada de todos os companheiros da sua bancada parlamentar, "Pelas Pessoas" ("Za Ludi").

"Um momento-chave foi a exigência feita pelo primeiro-ministro de que com esta demissão a situação na coligação possa ser pacificada", explicou.

A crise no executivo do país centro-europeu estalou devido às divergências que surgiram devido à compra da vacina russa Sputnik V contra a covid-19.

Igor Matovic está sob uma pressão crescente para se demitir depois de os seus parceiros de coligação terem criticado a decisão que tomou sozinho de comprar dois milhões de doses do fármaco.

O chefe do governo disse estar disposto a aceitar a sua saída se fossem cumpridas certas condições, entre elas a demissão do vice-presidente e ministro da Economia, o liberal Richard Sulík, que aconteceu na segunda-feira, e a de Kolíková.

Outra reivindicação de Matovi para manter a coligação era a do abandono da vice-presidência do Parlamento de Juraj Seliga, outro membro do partido conservador "Pelas Pessoas".

Seliga disse hoje que vai disponibilizar o seu cargo no caso de demissão da chefe do partido e ministra de Investimentos, Veronika Remisová.

A coligação governamental de quatro partidos foi abalada por lutas internas e inimizades pessoas desde que assumiu o poder há um ano.

Matovic foi o grande vencedor das eleições de fevereiro de 2020, mas as suas políticas erráticas durante a pandemia fizeram com que perdesse quase toda a sua popularidade.

A Eslováquia, um país de 5,4 milhões de habitantes, soma quase 9.200 mortes devido à covid-19 e, nos últimos 14 dias, é o segundo país com mais óbitos em relação à população de toda a União Europeia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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