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Filipinas acusam China de "incursão" em zona marítima disputada

As Filipinas acusaram hoje as autoridades de Pequim de terem feito uma "incursão" com cerca de 200 embarcações paramilitares numa zona de recife disputada no sul do mar da China e apelou à retirada.

Filipinas acusam China de "incursão" em zona marítima disputada
Notícias ao Minuto

14:51 - 21/03/21 por Lusa

Mundo Filipinas

"Pedimos à China para parar imediatamente com estas incursões e que retire os navios que estão a violar os nossos direitos marítimos e se infiltram no nosso território soberano", disse, num comunicado, o ministro da Defesa filipino, Delfin Lorenzana.

Lorenzana adiantou que as mais de 200 embarcações chinesas são tripuladas por milícias e a presença no recife em causa é uma "ação provocadora de militarização da área".

Sem adiantar pormenores, o ministro da Defesa filipino garantiu que Manila "defenderá os direitos soberanos" do país.

A entidade governamental filipina que fiscaliza a região disputada disse que, a 07 deste mês, cerca de 220 embarcações chinesas foram vistas atracadas no recife Whitsun, cuja soberania é também reclamada por Pequim.

O Governo filipino divulgou fotos das embarcações lado a lado numa das áreas mais disputadas e estratégicas das rotas de navegação.

O recife, que Manila chama de Julian Felipe, é uma região de coral rasa em forma de bumerangue a cerca de 175 milhas náuticas (324 quilómetros) a oeste da cidade de Bataraza, na província de Palawan, no oeste das Filipinas. 

O recife está dentro da zona económica exclusiva do país, sobre a qual as Filipinas "têm o direito exclusivo de explorar ou conservar quaisquer recursos", disse o órgão fiscalizador do governo de Manila.

O grande número de embarcações chinesas é uma preocupação devido à "possível sobrepesca e destruição do meio marinho, bem como pelos riscos para a segurança da navegação", acrescentou esse órgão, assegurando, porém, que as embarcações não estavam a pescar quando foram avistadas. 

As frotas pesqueiras chinesas são, há muito, suspeitas de serem utilizadas como milícias marítimas para ajudar a defender as reivindicações territoriais de Pequim, embora a China tenha minimizado essas reivindicações. 

O chefe militar filipino, tenente-general Cirilito Sobejana, disse que a maior prioridade dos militares continua a ser a proteção dos cidadãos filipinos na área, "em especial os pescadores" através de um aumento de patrulhas marítimas.

Quando questionado sobre se as Filipinas apresentariam um protesto, o ministro dos Negócios Estrangeiros filipino, Teodoro Locsin Jr, respondeu, na rede social Twitter, que só o fará se os generais do Exército assim o solicitarem.

Contactada pela agência noticiosa Associated Press (AP), a embaixada da China em Manila não fez quaisquer comentários.

Leia Também: Tropas filipinas capturaram comandante de grupo separatista islâmico

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