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Bispo sugeriu a padre que pagasse 20 mil euros a vítima de pedofilia

O bispo católico de Como, Itália, afirmou ter sugerido a um jovem padre suspeito de pedofilia que pagasse 20 mil euros à suposta vítima para encerrar uma investigação interna ao caso ocorrido numa residência da Igreja no Vaticano.

Bispo sugeriu a padre que pagasse 20 mil euros a vítima de pedofilia
Notícias ao Minuto

06:23 - 26/02/21 por Lusa

Mundo Pedofilia

O bispo, monsenhor Oscar Cantoni, que ordenou opadre Gabriele Martinelli, acusado de na adolescênciater violado um outro adolescente numa residência da Igreja na Cidade do Vaticano, até à sua maioridade, foi ouvido em tribunal em Roma na quinta-feira.

Cantoni, cuja diocese de é responsável pela residência, defendeu a reputação de Martinelli, apesar "das tendências homossexuais transitórias ligadas à adolescência", antes de ser padre, sublinhando que depois de ordenado o seu comportamento foi irrepreensível.

Cantoni disse ter pedido ao acusado que pagasse 20 mil euros à suposta vítima, mais 5 mil euros para as custas de uma investigação interna conduzida pela diocese de Como, na sequência de denúncias de comportamento "sexualmente impróprio".

As quantias não foram pagas e aguarda-se agora o resultado do julgamento criminal em curso.

Iniciado em outubro, o processo visa esclarecer o sucedido no pré-seminário Santo Pio X, residência de crianças e adolescentes em Roma, onde são recrutados os acólitos para as missas na Basílica de São Pedro, frequentemente celebradas pelo Papa.

Hoje com 28 anos, o padre Martinelli é acusado de ter durante vários anos abusado de um adolescente com menos um ano do que ele, de que apenas se conhecem as iniciais,L.G..

Os factos terão tido início em 2007, quando Martinelli tinha 14 anos e a suposta vítima 13, prolongando-se até 2012, quando o agora padre tinha 19, portanto já maior de idade.

Já ouvido pelo tribunal, Martinelli, afirmou que as acusações são infundadas.

Hoje, trabalha num centro para idosos na região da Lombardia (norte).

Na quarta-feira, duas testemunhas ex-residentesdo pré-seminário relataram ter visto Martinelli, quando ainda não era padre, tocar nas partes íntimas de outros residentes, durante jogos, sem que tenham assistido a abusos mais graves.

As testemunhas relataram ainda um "ambiente doentio" na residência, marcado por "humor de natureza sexual" e "fortes pressões psicológicas".

Ainda por ouvir no processo estão a suposta vítima e o seu companheiro de quarto, o polaco Kamil Tadeusz Jarzembowksi, que em 2017 afirmou a um jornalista italiano que Martinelli regularmente visitava o quarto durante a noite para ter relações sexuais com o adolescente, que "se sentia obrigado a ceder às suas exigências".

Leia Também: Adiado início de julgamento de ex-padre acusado de pedofilia em Timor

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