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Oxfam acusa Governo britânico de prolongar a guerra no Iémen

A organização humanitária Oxfam acusou o Governo britânico de prolongar a guerra no Iémen ao autorizar a exportação de equipamento de reabastecimento de combustível em voo da Força Aérea saudita para bombardear o país.

Oxfam acusa Governo britânico de prolongar a guerra no Iémen
Notícias ao Minuto

12:42 - 22/02/21 por Lusa

Mundo Iémen

Em declarações ao jornal The Guardian, o diretor de políticas da Oxfam, Sam Nadel, lamentou que o Reino Unido não siga os passos do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que retirou o apoio a qualquer ofensiva militar naquele território.

"Enquanto os Estados Unidos pedem o fim do conflito no Iémen, o Reino Unido move-se na direção oposta, aumentando o apoio à guerra brutal liderada pela Arábia Saudita, aumentando a venda de armas e equipamentos de reabastecimento que facilitam os bombardeios aéreos", denunciou Nadel.

O dirigente da organização não governamental acrescentou que se o Reino Unido realmente deseja a paz no Iémen, "deve começar imediatamente por impedir a venda de armas que podem ser usadas contra civis e exacerbar a crise humanitária".

De acordo com o The Guardian, as exportações de equipamento de reabastecimento em voo para Riade foram autorizadas no verão passado, juntamente com outras vendas, por um valor total de cerca de 1.400 milhões de libras (cerca de 1.600 milhões de euros).

Um porta-voz do Governo britânico disse ao jornal diário britânico que o Reino Unido "opera um dos regimes de controlo de exportações mais abrangentes do mundo".

"O Governo leva a sério as suas responsabilidades de exportação e avalia com rigor todas as licenças de exportação de acordo com critérios rígidos", explicou essa mesma fonte governamental.

Em 09 de fevereiro, a Oxfam denunciou, num comunicado, que tinha aumentado as licenças emitidas pelo Reino Unido para a exportação de armas para a Arábia Saudita, muitas das quais temia que pudessem ser usadas na guerra civil no Iémen.

A guerra no Iémen iniciou-se no final de 2014, quando rebeldes houthi conquistaram grandes áreas do país, incluindo a sua capital, e agravou-se em 2015 com a intervenção da coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita.

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