Iémen: Emissário da ONU pede fim de ataque a Marib
O ataque à cidade de Marib, no norte do Iémen, pelos rebeldes Huthis "deve parar", afirmou hoje no Conselho de Segurança da ONU o emissário para o país, Martin Griffiths, alertando para um desastre humanitário.
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Mundo Iémen
O ataque "põe em perigo milhões de civis", em particular quando atinge "campos de deslocados", e "a procura de ganhos territoriais pela força ameaça as perspetivas do processo de paz", adiantou durante uma videoconferência do Conselho de Segurança dedicada ao Iémen.
"Para aproveitar (uma) oportunidade de recuperar o processo político, as partes devem acordar imediatamente um cessar-fogo à escala nacional que acabe com todas as formas de luta", declarou Griffiths.
O enviado da ONU sublinhou que "ninguém pode forçar os beligerantes a fazerem a paz" e que têm de ser eles "a escolher depor as armas e falar uns com os outros", dizendo esperar que as partes no Iémen "não percam esta oportunidade".
Os rebeldes xiitas Huthis, apoiados pelo Irão, tentam há mais de um ano ocupar a cidade de Marib, rica em petróleo e último bastião do poder no norte do Iémen.
Após uma acalmia, a ofensiva foi retomada a 8 de fevereiro contra as forças governamentais, ajudadas por uma coligação internacional dirigida pela Arábia Saudita.
Na terça-feira, o enviado dos Estados Unidos para o Iémen, Tim Lenderking, também exortou os Huthis a "acabarem com a ofensiva". O diplomata foi recentemente nomeado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, que pretende uma aposta no diálogo para resolver o conflito iemenita.
No mesmo dia, o secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, indicou na rede social Twitter que um assalto à cidade de Marib colocava dois milhões de civis em perigo, com centenas de milhares de pessoas potencialmente forçadas a fugir e consequências humanitárias inimagináveis.
Os Huthis tomaram a capital iemenita, Sanaa, em 2014, desencadeando uma guerra que fez o país mergulhar na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.
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