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Escalada de violência no norte do Iémen deixa "milhões de civis" em risco

A vida de "milhões de civis" no norte do Iémen está em perigo, devido à escalada de violência em Marib, o último reduto das forças governamentais na região que os rebeldes Huthis querem controlar, alertou hoje as Nações Unidas.

Escalada de violência no norte do Iémen deixa "milhões de civis" em risco
Notícias ao Minuto

18:06 - 16/02/21 por Lusa

Mundo ONU

Os rebeldes, apoiados pelo Irão, vêm tentando dominar esta cidade rica em petróleo há mais de um ano. Após um período de calma, retomaram no dia 08 de fevereiro a sua ofensiva contra as tropas leais ao governo, apoiadas por uma coligação liderada pela Arábia Saudita.

"Estou muito preocupado com a escalada militar em Marib", escreveu, na sua conta na rede Twitter, o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, adiantando que um ataque à cidade "colocaria dois milhões de civis em risco, com centenas de milhares potencialmente forçados a fugir e com consequências humanitárias inimagináveis".

O diplomata anunciou que irá discutir a situação com o Conselho de Segurança das Nações Unidas na quinta-feira, procurando debelar a crise em vez de "aumentar ainda mais a miséria do povo iemenita".

Esta escalada de violência ocorre no momento em que os Estados Unidos anunciaram o fim do seu apoio à Arábia Saudita no Iémen e a retirada dos Huthis de sua lista de "organizações terroristas", de modo a não impedir a entrega de ajuda humanitária nos territórios controlados pelos rebeldes.

Entretanto, em Genebra, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) anunciou a realização de uma conferência de doadores para o Iémen, dizendo que esperaarrecadar "4,2 mil milhões de dólares" (cerca de 3,5 mil milhões de euros).

A conferência, realizada em conjunto com os governos da Suécia e da Suíça, terá lugar no dia 1 de março e contará com a participação do secretário-geral da ONU, o português António Guterres, e dos ministros dos Negócios Estrangeiros daqueles dois países.

Em 2020, as agências humanitárias contaram com cerca de metade do financiamento que tinham no ano anterior, ao mesmo tempo que a população iemenita era afetada pela fome, disse o porta-voz do OCHA, Jens Laerke, numa conferência de imprensa.

Em 2019, havia 3,6 mil milhões de dólares (quase 3 mil milhõe de euros), uma quantia que ajudou a aliviar a fome, mas em 2020 o financiamento caiu para 1,9 mil milhões de dólares (1,57 mil milhões de euros), forçando muitas agências humanitárias a reduzir ou interromper as suas atividades.

"As atuais operações humanitárias não são suficientes, temos que aumentá-las", resumiu Laerke, que disse que o financiamento recebido até ao momento, em 2021, foi de 230 milhões de dólares (190 milhões de euros), muito longe do necessário.

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