O Governo iraniano ainda não se pronunciou sobre o caso do cidadão francês desaparecido, identificado como Lennart Monterlos.
"É um desaparecimento perturbador", disse o secretário de Estado do Comércio Externo e dos Cidadãos Franceses no Estrangeiro, Laurent Saint-Martin, em declarações à rádio francesa RTL.
"É perturbador porque o Irão tem uma política deliberada de fazer reféns ocidentais", acusou.
As declarações do governante foram feitas depois de familiares e amigos de Monterlos terem indicado que não tinham notícias do seu paradeiro há três semanas.
"Esta é uma política adotada pelo Irão", disse, lembrando a forma como os franceses Cécile Kohler e Jacques Paris estão presos "há três anos em condições comparáveis à tortura".
O secretário de Estado explicou que o Governo francês "está em contacto" com a família do turista desaparecido e com as autoridades iranianas, mas sublinhou que Paris desaconselha "muito claramente" as viagens ao país da Ásia Central.
Na semana passada, o Governo francês pediu a "libertação imediata" de Cécile Kohler e Jacques Paris, detidos no Irão e já formalmente acusados de espionagem, e alertou que a revisão das sanções que Teerão exige às potências europeias estará "sempre condicionada" à resolução daquilo que Paris considera um "problema nas relações bilaterais".
O casal está preso no Irão há mais de três anos, e, segundo fontes diplomáticas e a família de Kohler, já foram acusados de "espiar" para os serviços de informação israelitas, de "conspirar para derrubar o regime" e de "corrupção na Terra", uma acusação ambígua que pode levar à pena de morte.
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