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RCA: Oposição pede à ONU que investigue representante naquele país

Uma coligação de partidos da oposição da República Centro-Africana pediu à ONU que investigue o seu representante naquele país, acusado de apoiar o Presidente recém-eleito, Faustin Archange Touadéra, numa carta enviada hoje ao secretário-geral das Nações Unidas.

RCA: Oposição pede à ONU que investigue representante naquele país
Notícias ao Minuto

22:47 - 17/01/21 por Lusa

Mundo RCA

De acordo com a Coligação da Oposição Democrática (COD2020), citada pela Agência France-Presse (AFP), "uma investigação é necessária" contra o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro-Africana (RCA), Mankeur Ndiaye, que acusa, sem apresentar provas, de ter apoiado "ostensivamente a candidatura" de Touadéra, "permitindo-lhe fazer de tudo para assegurar a vitória à primeira volta nas eleições de 27 de dezembro de 2020".

Touadéra foi declarado reeleito em 04 de janeiro após uma votação que foi contestada pela oposição, na qual apenas um em cada dois eleitores recenseados teve a oportunidade de votar por causa da insegurança fora da capital, Bangui, devido a uma ofensiva de grupos armados.

"Os candidatos às várias eleições ficaram à mercê de grupos armados (...) impedindo-os de fazer campanha. No entanto, o representante especial não deixou de elogiar a qualidade deste plano e de tranquilizar o povo centro-africano (afirmando) que foram cumpridas todas as condições de segurança para a realização destas eleições", lê-se na carta dirigida ao secretário-geral da ONU, António Guterres, citada pela AFP.

Numa publicação partilhada hoje à noite no Twitter, o porta-voz da missão das Nações Unidas na RCA, Vladimir Monteiro, disse que Mankeur Ndiaue "continua concentrado na sua missão (...) com o apoio total e sem reservas da comunidade internacional".

Os resultados da eleição na qual foi eleito Touadéra, que contou com uma taxa de participação de 76,31%, têm agora de ser oficialmente validados pelo Tribunal Constitucional da RCA, antes de terça-feira, dia 19 de janeiro.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas na anti-Balaka.

Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.

Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a Minusca (missão da ONU na RCA) e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.

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