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Turquia aposta num bom início nas relações com governo de Joe Biden

A Turquia aposta numa "boa partida" nas relações com o futuro presidente dos EUA, Joe Biden, declarou hoje um dirigente turco.

Turquia aposta num bom início nas relações com governo de Joe Biden
Notícias ao Minuto

23:06 - 09/12/20 por Lusa

Mundo Turquia

"Pensamos que podemos ter um bom início com o governo de Biden", disse o porta-voz do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Calin, durante uma conferência virtual organizada pelo German Marshall Fund dos EUA.

Biden "conhece o nosso presidente pessoalmente" e está "consciente do valor geopolítico e geoestratégico da Turquia", acrescentou, falando a partir do Azerbaijão, onde se tinha deslocado.

Para Calin, a crise ligada à compra por Ancara do sistema de defesa antiaérea russo S-400, que envenenou as relações com Washington nos últimos nos, não é inultrapassável. "Do ponto de vista técnico-militar, esse problema pode ser resolvido", disse.

Os EUA consideram esta aquisição à Federação Russa incompatível com os sistemas de defesa da NATO, a aliança atlântica anti-Moscovo integrada por Ancara e Washington.

Segundo a lei dos EUA, deveriam ter sido aplicadas sanções à Turquia, por causa deste assunto, mas Donald Trump impediu a sua aplicação, em nome da sua "amizade" com Erdogan.

É pouco provável que Biden, que já qualificou Erdogan de "autocrata" e exibe firmeza a respeito da Federação Russa, se mostre mais acomodatício que Trump neste caso, tanto mais que o Congresso faz pressão para a aplicação de sanções.

"Nós sabemos que este já não é um assunto técnico-militar. O Congresso fez dele uma questão política", avançou Calin, prevenindo que "penalizar a Turquia seria contraprodutivo".

O porta-voz de Erdogan mencionou também, em termos de expectativas turcas sobre o governo de Biden, "duas questões de segurança nacional cruciais para a Turquia".

A primeira respeita aos aliados curdos dos EUA na luta antiterrorista na Síria, que Ancara considera uma emanação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), um grupo classificado como "terrorista", tanto pela Turquia como pelos Estados Unidos.

O segundo é "a inação dos sucessivos governos" norte-americanos quanto à "presença das redes 'gulenistas' dos EUA", acrescentou.

Erdogan tem reclamado, sem sucesso, a extradição de Fethullah Gülen, a quem acusa de ter fomentado uma tentativa de golpe de Estado, em julho de 2016, e que está nos EUA.

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