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AO MINUTO: Após vitória em estados-chave, Biden a 17 votos da Casa Branca

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre as eleições nos Estados Unidos.

AO MINUTO: Após vitória em estados-chave, Biden a 17 votos da Casa Branca

Decorreram na terça-feira as eleições presidenciais nos Estados Unidos, um dos escrutínios públicos mais tensos da história recente, e ainda não é possível determinar quem ganhou: se Donald Trump ou Joe Biden

Para além de uma afluência às urnas histórica no país, este ano as autoridades têm que fazer a contagem dos votos por correspondência, um processo mais demorado e que levou a atrasos de horas em algumas das cidades mais importantes, como é o caso de Filadélfia, no estado da Pensilvânia, um  dos estados-chave que pode vir a decidir para que lado pende a decisão eleitoral final.

Já há semanas que os analistas previam a manipulação de uma "miragem vermelha" por parte de Donald Trump, algo que o presidente incumbente parece querer confirmar: pouco depois de Biden ter manifestado confiança num resultado positivo, Trump falou em "roubo" das eleições, "fraude" e apelou a que se parasse de contar votos, ameaçando recorrer ao Supremo Tribunal, naquilo que parece o esforço derradeiro para não deixar escapar a reeleição no último minuto. Fique connosco.

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre as eleições nos Estados Unidos:

00h14 - Terminamos aqui o acompanhamento de hoje, será retomado na manhã de quinta-feira. Obrigado por ter ficado connosco.

00h04 - "Todos os votos contam". Grupos de ativistas convocaram diversas iniciativas em várias cidades dos EUA para expressar a defesa do voto e manter vivos os protestos contra o racismo e a brutalidade policial, enquanto se aguardam os resultados definitivos das eleições presidenciais. Enquanto isso, em algumas cidades, aglomerados de pessoas juntaram-se nos locais de voto para pedir a paragem da contagem de votos, como em Detroit, conforme pode ver abaixo. O estado do Michigan, sublinhe-se, já foi vencido por Joe Biden.

23h50 - Votos na Pensilvânia contados numa "questão de dias". Kathy Boockvar, secretária de estado, indicou que será "uma questão de dias para que a maior parte dos votos sejam contados" na Pensilvânia. Ao longo desta noite de quarta-feira, serão contados "centenas de milhares" de boletins, acrescentou.

23h32 - "Os candidatos não podem 'reivindicar' estados". A comissária eleitoral federal, Ellen Weintraub, publicou uma mensagem onde deixa claro que nenhum candidato presidencial se pode autoproclamar vencedor de um estado - uma mensagem que será dirigida a Donald Trump, que reivindicou vitória na Pensilvânia sem ser ainda possível fazê-lo, uma vez que ainda falta contar mais de um milhão de votos. O presidente alegou ainda que venceu os estados da Georgia e da Carolina do Norte, onde tem vantagem mas ainda não estão fechadas as contagens. Estes 'tweets' do presidente, sublinhe-se, foram todos sinalizados como desinformação.

"Nunca pensei que precisasse de dizer isto, mas os candidatos não podem 'reivindicar' estados. Não é assim que funciona. Não é assim que nada disto funciona. Funciona assim: os responsáveis eleitorais locais e estaduais contam todos os votos", escreveu.

23h25 - Joe Biden já tem página oficial para transição de poder. O candidato democrata foi reservado em relação a anunciar uma vitória, no discurso que fez esta noite (tarde na hora local), mas já está online o seu site oficial para a transição de poder. Com a ligação 'build back better' (reconstruir melhor), a página escreve que "o povo americano vai determinar quem servirá como o próximo presidente dos Estados Unidos". "Os votos ainda estão a ser contados em vários estados em todo o país", pode ainda ler-se.

23h01 - É oficial: Biden vence no Michigan. Joe Biden consegue converter um segundo estado de republicano (em 2016) para democrata. Depois do Wisconsin, Biden consegue reconquistar o Michigan, encurtando a margem para Donald Trump.

22h50 Há seis estados por determinar, Biden precisa de dois para vencer. Joe Biden conseguiu converter os estados do Wisconsin, do Michigan e deverá reconquistar também o Arizona, segunda as projeções. Neste momento, precisa apenas de 17 delegados para conseguir chegar aos 270 (metade do Colégio Eleitoral mais um, o suficiente para chegar à Casa Branca).

22h11 Três lusodescendentes reeleitos para o congresso e dois ainda em disputa. O republicano Devin Nunes e os democratas Jim Costa e Lori Loureiro Trahan foram reeleitos para a Câmara dos Representantes do congresso norte-americano, confirmando as projeções sobre a eleição de 3 de novembro.

21h42 - CNN projeta que Joe Biden vence no Michigan. A estação norte-americana CNN projeta que o candidato democrata vai vencer os 16 delegados do estado do Michigan, elevando o seu número no Colégio Eleitoral para 253 Grandes Eleitores, contra 213 de Trump. A confirmar-se, esta vitória num dos chamados 'battleground states', ou seja, que iriam estar taco a taco até ao último voto, deixa Donald Trump numa posição ainda mais difícil para ganhar as eleições. A Fox News, tradicionalmente mais próxima dos republicanos, também atribui a vitória no Michigan a Joe Biden.

Joe Biden leva vantagem de 49.8% dos votos (mais 67 mil votos), ao passo que Trump contabiliza 48.6%, quando estão 97% dos votos contados (faltam 170 mil votos). Também um estado que perdeu domínio democrata em 2016, para Donald Trump, com margem de 0,2%, pode agora mudar de 'red' para 'blue'.

21h15 - Joe Biden faz uma comunicação ao país. O candidato presidencial democrata fez uma curta declaração ao país, ladeado por Kamala Harris, onde não anunciou que é vencedor, mas deixou claro que assim o será quando a contagem de votos terminar. "Ontem, mais uma vez, provámos que a democracia é o pulso desta nação", indicou Joe Bide, a partir de Wilmington, em Delaware, estado de onde é natural. "Não estou aqui para declarar que ganhámos, mas estou aqui para vos dizer que quando a contagem de votos terminar, nós seremos os vencedores".

Sobre a possibilidade de vencer as eleições, Joe Biden indicou que a presidência "obriga a um dever de cuidado para com todos os americanos". "Fizemos campanha como democratas, mas irei governar como um presidente americano. A presidência, em si mesma, não é uma instituição partidária. É o único cargo nesta nação que representa todos e que obriga a um dever de cuidado para com todos os americanos".

20h52 - Campanha de Donald Trump anuncia vitória na Pensilvânia antes do tempo. A equipa da campanha de Donald Trump está a declarar vitória na Pensilvânia, quando ainda só estão apurados 82% dos votos. A Pensilvânia, sublinhe-se, é um 'swing state' cuja contagem de votos tem mantido os dois candidatos demasiado próximos para poder determinar um vencedor. A dada altura, Trump tinha uma vantagem bastante larga, mas que tem diminuído esta quarta-feira à medida que se faz a contagem dos últimos votos (sendo que ainda falta apurar mais de 1,2 milhões de boletins). O responsável pela campanha de Trump, Bill Stepien, porém, adiantou-se: "Declaramos vitória na Pensilvânia", disse, algo que foi imitado pouco depois pelo filho do presidente republicano.

A imprensa norte-americana sublinha que é um falso anúncio de vitória, numa altura em que a campanha republicana está a tentar fazer com que o Supremo Tribunal intervenha na contagem de votos daquele estado.

20h33 - A senadora republicana Susan Collins foi reeleita no estado do Maine, e a sua rival democrata, Sara Gideon, já a felicitou hoje. Depois da sua vitória, que parecia ameaçada nas sondagens, a republicana conforta as hipóteses do seu campo manter o controlo do Senado.

20h21 - Um conselheiro de campanha de Donald Trump revelou à CNN que o presidente aparenta estar lívido ao ver a vantagem de Biden a aumentar no estado do Michigan. Acrescentou ainda que dificilmente Trump vai conseguir reduzir a diferença para o candidato democrata no Arizona.

19h32 - Biden venceu Wisconsin. A Associated Press indica que Joe Biden venceu o estado do Wisconsin, recolhendo mais 10 delegados. Wisconsin é um dos estados-chave desta corrida eleitoral e era essencial para que o candidato possa garantir os 270 votos do Colégio Eleitoral e vencer as eleições. É o segundo estado que Joe Biden consegue reverter de republicano para democrata, depois do Arizona (e do voto único do segundo distrito congressional do Nebraska).

A administradora da comissão eleitoral do Wisconsin, Meagan Wolfe, indicou em comunicado que o estado já terá contado todos os votos, com exceção de uma vila de cerca de 300 pessoas (Biden está à frente com mais de 20 mil votos). Com esta adição, Biden está à frente no Colégio Eleitoral com 248 delegados, se mantiver a vantagem no Nevada e no Michigan.

19h27 - Campanha de Donald Trump intensifica tentativa de tirar legitimidade a eleições. Depois de uma comunicado emitido pela campanha do presidente norte-americano, onde são lançadas dúvidas sobre os resultados de Wisconsin, seguem agora novas frentes de combate: no Michigan e na Pensilvânia. Todos estados onde Biden passou a liderar ou está a encurtar a margem para com o adversário. O advogado do presidente, Rudy Giuliani, que recentemente foi apanhado em situações menos próprias, disse estar a caminho de Filadélfia, fazendo alegações de "fraude em massa".

Sobre o Michigan, o responsável de campanha de Trump, Bill Stepien, sublinhou que “não nos foi providenciado um acesso substancial a vários locais de contagem [dos votos] para observar a abertura das urnas e o processo de contagem, como garante a legislação do Michigan”.

19h02 - A CNN projeta Biden como vencedor no Wisconsin. Este é um estado muito importante para o antigo vice-presidente. A CNN indica que Joe Biden deverá ganhar este estado, e os seus 10 delegados, mas ainda é uma projeção, uma vez que falta apurar alguns condados. Estão apurados mais de 98% dos votos e Biden tem uma vantagem de pouco mais de 20.500 votos. A confirmar-se a projeção, este seria o segundo 'flip' para o candidato democrata, ou seja, o segundo estado que em 2016 elegeu Donald Trump e que agora mudou de cor. O primeiro será Arizona, onde Biden tem uma vantagem de 3 pontos (mais de 93 mil votos).

A estação norte-americana projeta que Biden lidera com 237 delegados contra 213 de Trump. O New York Times, por seu turno, coloca Biden à frente com 227 Grandes Eleitores e Trump com 213.

18h56 - Declaração de campanha de Trump sobre possível recontagem no Wisconsin. "Mesmo com as sondagens públicas ridículas usadas como tática de supressão de voto, o Wisconsin tem sido uma corrida taco a taco como sempre soubemos que ia ser. Há relatos de irregularidades em vários condados de Wisconsin que levantam dúvidas sérias sobre a validade dos resultados. O Presidente está muito perto de pedir uma recontagem e fá-lo-emos imediatamente".

18h40 - Trump vence voto único no Maine. Todos os estados norte-americanos têm um mínimo de 3 delegados, aos quais depois são somados mais consoante a sua população. Todos os estados votam no Colégio Eleitoral em conformidade com a lista vencedora, menos dois: o Maine e o Nebraska, que permitem divisão dos votos. No Maine, Joe Biden ganhou o estado (3 delegados), mas Trump venceu o voto do segundo distrito congressional. É uma vitória para o republicano, mas pequena. No Nebraska, tradicionalmente republicano, Trump ganhou (3 delegados), mas Biden ficou com o voto do segundo distrito congressional.

18h35 MNE alemão apela à confiança no processo eleitoral. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, apelou hoje aos responsáveis norte-americanos para mostrarem "confiança" no "processo eleitoral", quando permanece o suspense sobre o desfecho final das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

17h57 - Donald Trump quer pedir nova contagem dos votos no Wisconsin. A campanha do presidente norte-americano quer pedir uma nova contagem dos votos no estado do Wisconsin, onde Joe Biden está com uma vantagem de mais de 20 mil votos, citando "várias irregularidades em alguns condados". Uma nova contagem de votos, porém, dificilmente reverterá a vantagem de Biden, algo assumido até pelo antigo governador daquele estado, Scott Walker, aliado do Trump.

A administradora da comissão eleitoral do Wisconsin, Meagan Wolfe, indicou durante a tarde que não existem evidências de fraude na contagem de votos e elogiou o trabalho feito pela comissão.

17h40 - A situação nos estados-chave ainda a contar votos, neste momento:

  • Pensilvânia (20 delegados). Donald Trump com vantagem de 53.5% (mais 469 mil votos) contra 45.2% de Joe Biden, numa altura em que estão contados 80% dos votos (faltam 1,4 milhões de votos). Este estado tem um peso de 20 delegados no Colégio Eleitoral e foi conquistado aos democratas por Donald Trump em 2016, ainda com uma margem pequena. É um dos estados mais importantes, por haver a possibilidade de mudar a agulha e tornar-se num dos estados a mudar de 'red' para 'blue', algo que ainda só aconteceu com o Arizona. A vantagem para Donald Trump tem diminuído à medida que são contados os votos por correio, motivo pelo qual o líder republicano insiste na falsa ilegalidade da contagem de votos.
  • Wisconsin (10 delegados). Assim como a Pensilvânia, o Wisconsin é um 'swing state' e em 2016 passou de democrata para republicano, também com um margem pequena. Neste momento, Joe Biden segue à frente com 49.4% dos votos contra 48.8% de Trump, uma vantagem muito frágil (cerca de 20 mil votos), mas com 98% dos votos contados (faltam 33 mil votos).
  • Michigan (16 delegados). Com margens muito parecidas à do estado vizinho, Biden leva vantagem de 49.5% dos votos (mais 30 mil votos), ao passo que Trump contabiliza 48.9%, quando estão 93% dos votos contados (faltam 400 mil votos). Também um estado que perdeu domínio democrata em 2016, para Donald Trump, com margem de 0,2%, pode agora mudar de 'red' para 'blue'.

17h29 Manifestantes indignados com Trump receiam anarquia e confrontos. Numa capital praticamente vazia e protegida contra eventuais distúrbios o ponto onde se concentra em Washington a indignação dos apoiantes do Partido Democrata continua a ser o jardim da Casa Branca, onde alguns manifestantes passaram a noite.

17h07 - Joe Biden confiante na 'reconquista' de três estados. O candidato democrata mantém uma postura otimista em relação aos estado que ainda estão por apurar e garante que o partido irá reconquistar três estados que em 2016 mudaram para 'red', elegendo Trump: são eles a Arizona (onde Biden deverá ganhar), o Wisconsin e o Michigan, onde Biden está à frente com mais de 90% dos votos contados. Biden não só espera ganhar nesses estados, como espera dilatar a margem conseguida por Trump há quatro anos.

16h59 - Donald Trump muito descontente com 'viradas' de alguns estados. O presidente norte-americano recorreu há instantes ao Twitter para lamentar a mudança das agulhas nos estados da Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. "Muito mau para o nosso país", escreve, sobre um desenrolar de eventos que é normal nas eleições norte-americanas: os votos por contar podem, muitas vezes - e em alguns estados para benefício do líder republicano -, mudar a direção de voto do estado. Trump, porém, faz acusações de que estão "a fazer desaparecer" a sua vantagem inicial em estados como a Pensilvânia de forma ilegal.

Especialistas haviam avisado que as queixas de Donald Trump sobre não saber os resultados finais na noite eleitoral não passam de mais uma tentativa de retirar legitimidade ao resultado, uma vez que nunca foram conhecidos resultados finais na própria noite eleitoral. Os resultados finais chegam só quando todos os votos estão contados. Todos os votos podem ser conferidos em registo público: votos presenciais, por correspondência, em branco ou anulados.

16h48 - Joe Biden é o candidato presidencial mais votado da história dos EUA. E mesmo assim pode perder esta eleição. O candidato democrata recebeu, até ao momento, 69,629,972, de acordo com a AP, um número que já ultrapassou o obtido por Barack Obama em 2008 (69,498,516), que constituiu o último recorde. Donald Trump segue com 66,603,143 votos, tendo já ultrapassado o valor que conseguiu há quatro anos. Sobre quem entra na Casa Branca, continua tudo dependente dos resultados dos estados que ainda estão a apurar votos.

Recorde-se que vencer o voto popular não é suficiente para garantir a entrada na Casa Branca, aliás, dois dos últimos cinco vencedores de presidenciais norte-americanas perderam o voto popular, ou seja, o voto direto do cidadão. George W. Bush, em 2000, perdeu o voto popular para Al Gore, por mais de meio milhão de votos, mas ganhou o Colégio Eleitoral (os delegados que são atribuídos com a vitória por estado). A mesma coisa aconteceu, precisamente, com Donald Trump, em 2016. Hillary Clinton conseguiu quase mais 3 milhões de votos do que o republicano, mas perdeu na luta por Grandes Eleitores.

16h30Os 5 estados que ainda contam votos e que podem decidir eleições. Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Georgia e Nevada são os cinco estados norte-americanos (entre um total de 50) que concentram agora todas as atenções, um dia depois das eleições presidenciais.

16h28Democratas devem manter Câmara dos Representantes mas com maioria escassa. As sondagens que, nas últimas semanas, davam aos democratas o controlo total do Congresso, mantendo a Câmara dos Representantes e reconquistando o Senado, parecem ter errado tanto como alguns que estimavam um golpe sem misericórdia no candidato democrata.

16h25 - Iniciámos um novo registo, para conferir as atualizações da madrugada eleitoral clique aqui.

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