Azerbaijão acusa Arménia de quebrar cessar-fogo logo após o seu início
O Azerbaijão acusou hoje o exército arménio de também ter violado o novo acordo de cessar-fogo em Nagorno-Karabakh, horas depois da sua entrada em vigor.
© Lusa
Mundo Nagorno-Karabakh
Arménia e Azerbaijão tinham chegado a um acordo: às 00:00 de hoje iniciava-se uma "trégua humanitária" no conflito sobre Nagorno-Karabakh.
"Apesar da trégua anunciada, as forças armadas arménias violaram abertamente o novo acordo", afirmou o Ministério da Defesa do Azerbaijão, em comunicado citado pela agência de notícias France-Presse, denunciando o fogo de artilharia inimiga e ataques ao longo da linha da frente.
Algumas horas antes, a Arménia também tinha acusado o Azerbaijão de bombardear a região, violando a "trégua humanitária" que tinha acabado de entrar em vigor em Nagorno-Karabakh.
"O inimigo disparou artilharia na direção Norte entre as 00:04 e as 02:45 [21:04 e 23:45 de sábado em Lisboa] e lançou foguetes em direção ao Sul entre as 02:20 e as 02:45 [23:20 e 23:45 de sábado em Lisboa]", escreveu na rede social Twitter a porta-voz do Ministério da Defesa arménio, Shushan Stepanyan.
Nagorno-Karabakh pertence ao Azerbaijão, mas está sob o controlo de forças étnicas apoiadas pela Arménia, alimentando um conflito que dura há várias décadas e que se agravou em 27 de setembro.
Nas últimas semanas morreram mais de 700 pessoas por causa deste conflito.
Na madrugada de sábado, morreram pelo menos 12 pessoas e mais de 40 ficaram feridas após um ataque com mísseis a uma zona residencial em Ganja, a segunda maior cidade do Azerbaijão.
Ganja já tinha sido atingida há uma semana por um míssil, que matou 10 pessoas e fez mais de 30 feridos.
A cidade tem mais de 300 mil habitantes e situa-se a cerca de 300 quilómetros a oeste de Baku, a capital do Azerbaijão.
O novo surto de violência mina os esforços internacionais para acalmar as hostilidades entre os arménios cristãos e os azeris muçulmanos, envolvendo potências regionais como a Rússia e a Turquia.
Os Estados Unidos e a França são mediadores junto dos países envolvidos no conflito desde 1994, a par da Rússia, naquele que é denominado o grupo de Minsk.
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