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Primeiro grupo de refugiados do campo grego de Moria chegou à Alemanha

A Alemanha recebeu hoje um grupo de 139 refugiados provenientes de Moria, campo localizado na ilha grega de Lesbos que ficou praticamente destruído por incêndios no início de setembro, informaram fontes do Ministério do Interior alemão.

Primeiro grupo de refugiados do campo grego de Moria chegou à Alemanha
Notícias ao Minuto

19:19 - 30/09/20 por Lusa

Mundo Migrações

Trata-se do primeiro grupo procedente deste sobrelotado campo de processamento e de acolhimento de refugiados (também conhecido como 'hotspot') localizado na ilha de Lesbos, no mar Egeu, a chegar ao território alemão após os incidentes ocorridos no início deste mês, e que integra 51 migrantes menores não acompanhados e 17 crianças doentes e as respetivas famílias.

O avião que transportou o grupo aterrou em Hannover (centro da Alemanha), capital da Baixa Saxónia, um dos estados federados alemães (designados como Länder) que manifestou disponibilidade para receber refugiados de Morria.

O Governo alemão, a par de outros Estados-membros da União Europeia (UE) como foi o caso de Portugal, comprometeu-se em receber cerca de 400 refugiados (maioritariamente menores) procedentes de Moria.

Esta realocação decorre em paralelo com outro processo que prevê a chegada de outros 243 migrantes menores doentes, os quais a Alemanha se comprometeu a acolher em março último, também ao abrigo de um programa acordado com outros Estados-membros da UE.

No total, a Alemanha prevê receber nos próximos meses 1.553 refugiados, ou seja, migrantes menores desacompanhados ou crianças em condições especialmente vulneráveis que terão de viajar com as respetivas famílias, de acordo com o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer.

Devido à inclusão das famílias, o número final de pessoas acolhidas poderá atingir os 2.200.

O Governo grego quer descongestionar gradualmente Lesbos, de forma a evitar a sobrelotação de um novo campo de acolhimento provisório que foi, entretanto, erguido naquela ilha, logo após os incêndios ocorridos no início de setembro no campo de Moria e que deixaram milhares de refugiados desalojados.

A Alemanha, que assume atualmente a presidência semestral do Conselho da UE, tem insistiu na necessidade de procurar uma "solução europeia" ou uma distribuição equitativa para a realocação dos refugiados que permanecem na Grécia (um dos Estados europeus com mais pressão migratória) entre os parceiros comunitários.

A Comissão Europeia apresentou, há uma semana, um novo Pacto para as Migrações e Asilo, com procedimentos mais rápidos e eficazes e à luz do qual "todos os Estados-membros, sem exceção" devem assumir as suas responsabilidades e ser solidários.

Uma das grandes novidades da proposta da Comissão é um "sistema de contribuições flexíveis dos Estados-membros", que prevê que estes possam recolocar requerentes de asilo a partir do país de entrada na União ou assumir a responsabilidade de os fazer regressar aos locais de origem quando os requerimentos sejam recusados.

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