Durante o debate geral da 75.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, a primeira em modo virtual, Sefik Dzaferovic disse num discurso pré-gravado que os últimos anos foram assinalados por uma "crise do multilateralismo" nas organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas.

O membro bosníaco (muçulmano) da presidência bósnia -- que também integra um representante dos sérvios e dos croatas da Bósnia --, considerou que o organismo com 193 países membros se tornou um objeto de disputa, mas que a pandemia da Covid-19 demonstrou que a ONU possui um extraordinário significado num mundo globalizado.

"A pandemia demonstrou que os grandes problemas da atualidade não podem ser resolvidos individualmente por um, três ou cinco Estados", indicou.

"Estas dificuldades apenas podem ser solucionadas através de uma resposta transnacional e multilateral, baseada no diálogo e na cooperação da maioria possível de Estados".

Dzaferovic manifestou ainda gratidão à União Europeia, a cuja adesão a Bósnia-Herzegovina é candidato, pelo seu forte apoio à economia e sistema de saúde do país no decurso da pandemia.

No entanto, assinalou que a Bósnia necessita de um maior apoio da UE para enfrentar o crescente número de migrantes no país que tentam alcançar a Europa ocidental.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Não existe vacina para a covid-19, nem para outras doenças humanas provocadas por coronavírus.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), à data de 08 de setembro, das 34 vacinas candidatas para a covid-19 em ensaios clínicos, oito estavam na fase final 3, a que antecede o pedido de autorização de comercialização.

Não se sabe quão seguras e eficazes serão estas potenciais vacinas para prevenir a doença e qual o grau de proteção que conferem, se duradouro ou não.

A OMS garante que nenhuma vacina para a covid-19 será recomendada ou utilizada se não for comprovada a sua eficácia e segurança

A OMS estima que uma vacinação em massa contra a covid-19 só ocorrerá a partir de meados de 2021.

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