Fome no Brasil. Mãe desempregada pede ajuda: "Tinha só um ovo"
O Brasil é uma "zona emergente" de fome extrema, diz a Oxfam, algo que foi agravado pela pandemia.
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Mundo Fome
Rafaela Freris Silva está desempregada, grávida, e tem três filhos pequenos. A jovem de 23 anos deu o seu testemunho ao G1 como forma de pedir ajuda, pois está a atravessar sérias dificuldades de alimentação, tendo chegado ao ponto de ter só um ovo em casa.
"Tinha só um ovo para três crianças. Peguei nele e fritei-o para os meus meninos comerem", relatou a jovem, residente no Recanto das Minas Gerais, um bairro pertencente à região leste de Goiânia, no estado de Goiás.
"De manhã tomei só café puro mesmo, porque não tinha leite, não tenho nada. E para almoçar tinha um pouquinho de feijão, um arroz branco que eu fiz e o ovo [para as crianças]", explicou.
O marido de Rafaela tem um trabalho na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), mas o salário não é suficiente para pagar a renda e as contas de casa. Neste momento, a família está sem gás, usando álcool para acender fogo e cozinhar.
A organização não-governamental Oxfam sinalizou o Brasil como "zona emergente" de fome extrema, adiantando que a pandemia de Covid-19 veio acelerar o crescimento da pobreza e da fome em todo o país. De acordo com a ONG, a situação da pobreza e fome no Brasil começou a deteriorar-se em 2015 devido "à crise económica e a quatro anos de austeridade".
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