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Empresário abandona Moçambique devido a ameaças de rapto e extorsão

O empresário e filantropo indiano Rizwan Adatia, que esteve raptado durante 21 dias em maio, abandonou Moçambique depois de continuar a receber ameaças de extorsão e de ser novamente raptado, disse hoje à Lusa fonte próxima da vítima.

Empresário abandona Moçambique devido a ameaças de rapto e extorsão
Notícias ao Minuto

21:26 - 27/07/20 por Lusa

Mundo Moçambique

A fonte avançou que Rizwan Adatia deixou Maputo com a família para a Índia.

"Mesmo depois de ter sido libertado, ainda era ameaçado, com exigências de que teria de pagar se quisesse continuar em liberdade", declarou a mesma fonte.

Rizwan Adatia vai avaliar o futuro dos seus negócios e das ações humanitárias que desenvolve em Moçambique, face à insegurança.

Após 21 dias de cativeiro, as autoridades libertaram-no em maio, num bairro do distrito de Boane, província de Maputo.

O empresário é patrono e financiador da Adatia Foundation, uma entidade que participa em 18 parcerias estratégicas que beneficiam 740.700 pessoas em África e na Ásia.

Além da fundação, Rizwan Adatia lidera o grupo Cogef, sediado em Maputo, com 35 supermercados grossistas, 190 lojas, quatro unidades industriais e mais de 3.500 funcionários em nove países africanos.

No mesmo dia em que Adatia foi libertado, um outro empresário Manish Cantilal foi libertado, depois de pouco mais de um mês em cativeiro.

Um outro caso ocorreu pouco tempo depois: no final de junho, Kauchal Pandia, filho do proprietário de uma conhecida loja de venda de tecidos de Maputo foi raptado no centro da capital e desde então não se conhecem desenvolvimentos em relação ao caso.

Em 2014, o pai da vítima, Kishoor Chootalal, foi raptado em Maputo por quatro homens armados, tendo sido libertado algumas semanas depois, em circunstâncias que nunca foram esclarecidas.

Desde o início de 2020, as autoridades moçambicanas registaram um total de oito raptos, cujas vítimas são sempre empresários ou seus familiares.

Após uma onda de raptos nas principais cidades moçambicanas, que teve o pico entre 2012 e 2013, o número de casos caiu nos últimos anos, mas voltou a subir desde o início do ano.

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