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Polícia diz que incêndio no Museu Nacional do Brasil foi acidental

A Polícia Federal do Brasil descartou hoje a existência de qualquer ação criminosa no incêndio ocorrido em 2018 no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que destruiu grande parte de uma coleção de 20 milhões de artefactos.

Polícia diz que incêndio no Museu Nacional do Brasil foi acidental
Notícias ao Minuto

18:55 - 06/07/20 por Lusa

Mundo Brasil

O incêndio no Museu Nacional terá começado com um aparelho de ar condicionado num auditório perto da entrada do edifício, de acordo com um comunicado sobre o encerramento do caso divulgado pela Polícia Federal.

O relatório pericial descartou a hipótese de que tenha ocorrido uma ação criminosa.

A polícia brasileira também informou que a conduta dos diretores do museu não constituiu negligência porque, em agosto de 2015, o Corpo de Bombeiros do estado do Rio de Janeiro iniciou uma fiscalização no local, que não foi concluída.

Após a fiscalização, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a diretora do Museu Nacional iniciaram tentativas junto do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) para obter recursos e revitalizar o edifício que abrigava a coleção principal, invocando, entre outros motivos, a necessidade de adequação do local ao Código de Segurança contra Incêndio.

O contrato foi assinado em junho de 2018, porém o valor não foi desembolsado antes da ocorrência do incêndio.

Com base nas provas colhidas, a polícia brasileira frisou que "não caracterizou a conduta dos gestores como omissa, especialmente, porque faltava apenas a transferência da verba do BNDES para o Museu Nacional para que as obras se iniciassem".

O Museu Nacional abrigava móveis e obras de arte pertencentes à antiga família real portuguesa, gravações de línguas indígenas, exemplares de animais e plantas como borboletas raras e corais, além de uma coleção de múmias e artefactos egípcios.

Alguns artefactos foram recuperados dos escombros, incluindo fragmentos de um crânio pertencentes a uma mulher chamada pelos cientistas de Luzia e cujo fóssil tinha a datação mais antiga dos restos humanos encontrados nas Américas.

O crânio era considerado um dos principais tesouros do Museu Nacional brasileiro.

O edifício do Museu Nacional que ardeu já foi um Palácio Real e serviu de sede do Império Português e do Império brasileiro antes de se transformar num museu, em 1892.

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