370 os detidos em Hong Kong por protestos contra lei da segurança
A polícia de Hong Kong deteve hoje 370 pessoas, das quais 10 acusadas de transgressão à nova lei da segurança nacional imposta por Pequim aquela região, após manifestações contra a legislação que entrou em vigor menos de 24 horas antes.
© Reuters
Mundo Hong Kong
A nova lei de segurança nacional da China para Hong Kong, aprovada e promulgada na terça-feira pelo presidente chinês Xi Jinping, prevê punir atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras.
A oposição em Hong Kong teme um declínio sem precedentes nas liberdades dos cidadãos desde que aquela região foi entregue pelo Reino Unido à China em 1997, noticia a agência AFP.
Dos cerca de 370 detidos hoje pelas forças policiais, dez foram presos por supostas violações da lei de segurança nacional.
Milhares de pessoas reuniram-se hoje para assinalar o 23.º aniversário da entrega da ex-colónia britânica à China.
O comício tinha sido proibido há alguns dias pelas autoridades, algo que se registou pela primeira vez em 17 anos.
A polícia usou canhões de água, spray de gás-pimenta e gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.
Muitos dos manifestantes entoaram palavras de ordem em favor da independência.
"O que o regime autoritário quer fazer é aterrorizar as pessoas e impedi-las de partir", disse à AFP Chris To, manifestante de 49 anos.
Segundo as autoridades, sete policias ficaram feridos, um deles após ter sido esfaqueado no ombro enquanto procedia a uma detenção.
O governo da República Popular da China disse hoje que a lei de segurança nacional de Hong Kong, "fortalece a fórmula 'um país, dois sistemas'", além de garantir "prosperidade e estabilidade" na região.
"A legislação é a segunda mais importante depois da Lei Básica [a miniconstituição da cidade], e é um marco na política do Governo central em relação a Hong Kong", apontou o vice-diretor do Gabinete de Ligação de Pequim em Hong Kong, Zhang Xiaoming.
Da mesma forma, o Governo de Macau manifestou "forte apoio à legislação" aprovada por Pequim para Hong Kong, elogiando a "defesa resoluta da segurança nacional".
Em comunicado, as autoridades da Região Administrativa especial de Macau consideram que "esta medida se reveste de extrema importância para a estabilidade social de Hong Kong", que também beneficia de um estatuto semiautónomo, à semelhança do antigo território administrado por Portugal.
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