Tribunal mantém na prisão suspeito de assassinar sem-abrigos em Barcelona
Um juiz da região espanhola da Catalunha decidiu manter na prisão um cidadão brasileiro que alegadamente matou três sem-abrigos em Barcelona durante o confinamento imposto pelo estado de emergência devido à covid-19.
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Mundo Homicídio
O homem de 35 anos tinha sido preso na terça-feira por haver fortes suspeitas de ter atacado as vítimas mortais enquanto estas dormiam com golpes na cabeça usando paus ou barras de ferro.
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha informou hoje que o suspeito foi interrogado por videoconferência, tendo negado os factos.
Mesmo assim, o magistrado decidiu mantê-lo em prisão preventiva, considerando haver o risco de voltar a cometer os crimes de que é suspeito, de fugir e de eliminar provas dos casos que estão a ser investigados.
O juiz que tomou a decisão em Sant Cugat del Vallès (Barcelona), onde houve a detenção, considerou que devia afastar-se do caso para que, a partir de agora, a investigação seja levada a cabo pelos magistrados que estão a investigar os três assassinatos de que é suspeito, todos eles na freguesia de Eixample, em Barcelona.
No mandado de captura, o juiz conclui que, na sequência dos procedimentos realizados pelos Mossos d'Esquadra (polícia regional catalã), da recolha de imagens das câmaras de segurança e da revista feita à autocaravana em que vivia o detido, que não tinha autorização de residência em Espanha, existem provas de que foi responsável pelo assassinato de três sem-abrigo no distrito de Eixample, cometido nos dias 16, 18 e 27 de abril.
Entretanto, a polícia regional está a investigar se o detido está envolvido num outro assassinato de um sem-abrigo também durante o estado de emergência.
Neste caso o crime teria sido realizado com uma arma branca, sendo a vítima um outro sem-abrigo cujo corpo foi incinerado, considerando a polícia, no entanto, que esta morte possa ter sido acidental.
Na caravana onde o suspeito dormia, os Mossos d'Esquadra encontraram várias pistas ligadas aos crimes, como as roupas usadas pelo suspeito que tinham sido gravadas pelas câmaras de segurança.
A polícia também recolheu nesse local vários artigos de vestuário com restos biológicos, possivelmente sangue, que serão agora analisados para verificar se têm o mesmo ADN das vítimas.
O detido, segundo o juiz, não deu uma explicação "razoável" dos acontecimentos, tendo-se limitado a negar os factos, não tendo justificado a sua presença nos locais onde os assassinatos foram cometidos.
A polícia regional continua a investigar estas ocorrências, agora em contacto com as forças de segurança de toda a Espanha e de outros países para verificar se o suspeito está envolvido noutros casos.
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