Ucrânia propõe amnistia a todos os detidos nas manifestações
O presidente da Ucrânia, Victor Yanukovich, afirmou hoje que vai propor uma amnistia para todos os manifestantes que foram detidos e condenados durante os confrontos antigovernamentais, para que se possa "virar a página da crise".
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Mundo Chefe de Estado
"Do meu ponto de vista é preciso passar esta página e declarar uma amnistia", afirmou Yanukovich durante um encontro com estudantes.
O chefe de Estado acrescentou que durante uma "mesa redonda nacional" que se realiza hoje vai propor "a libertação, inclusivamente a várias pessoas já condenadas, e pôr fim ao conflito".
Após tornar público o anúncio, o presidente ucraniano deslocou-se ao Palácio Nacional das Artes, na capital ucraniana, para participar na "mesa redonda nacional" que decorre na presença dos principais dirigentes da oposição.
Já chegaram ao Palácio o líder parlamentar do principal partido da oposição, Arseni Yatseniuk, e o boxista e dirigente do grupo UDAR (Golpe), Vitali Klitschoko.
Até ao momento, os dirigentes da oposição tinham rejeitado participar nos encontros que vão já na terceira edição, após as reuniões de terça-feira e quarta-feira, por considerarem obrigatória a presença da "comunidade internacional".
Klitschoko sublinhou que a oposição vai estar presente hoje porque tenciona "ouvir as respostas" às exigências que têm sido feitas: a demissão do Executivo, libertação dos presos, castigos pata os responsáveis pelas repressões policiais e realização das eleições presidenciais e legislativas antecipadas.
"Só podemos sair da crise com um 'reset' das autoridades", disse Klitschoko.
Entretanto o homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov disse, nas primeiras declarações desde o início da crise, que são precisas conversações e condenou a violência que se prolonga há três semanas.
O empresário que durante vários anos apoiou o Partido Regionalista do presidente Victor Yanukovych não quis tomar partido mas afirmou que as "pessoas na rua estão à espera de respostas".
"O facto de as pessoas pacificamente tomarem conta das ruas, para se manifestarem de forma pacífica, significa que a Ucrânia é um país livre e democrático. A Ucrânia não vai voltar atrás", disse ainda o mais rico e influente empresário do país, segundo a revista Forbes.
Akhmetov condenou os confrontos e a violência de "alguns manifestantes" e apelou a negociações entre o governo e os partidos políticos e dirigentes ucranianos.
Logo após as declarações do milionário, detentor de um clube de futebol e de uma cadeia de televisão, o dirigente oposicionista do grupo Golpe, o boxista Vitali Klitschoko anunciou que iria participar no encontro que decorre esta tarde em Kiev.
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