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Eleições no Wisconsin sempre se realizam hoje apesar de pandemia

Centenas de milhares de eleitores estão registados para irem hoje às urnas no Wisconsin, EUA, depois de o Supremo Tribunal estadual revogar uma ordem governamental que tinha determinado o seu adiamento por causa da pandemia da covid-19.

Eleições no Wisconsin sempre se realizam hoje apesar de pandemia
Notícias ao Minuto

14:33 - 07/04/20 por Lusa

Mundo EUA

O governador Democrata do Wisconsin, Tony Evers, ordenara, na segunda-feira, o adiamento para junho das eleições primárias do Partido Democrata e do Partido Republicano que estavam marcadas naquele Estado para hoje, bem como a suspensão de outros atos eleitorais para vários órgãos judiciais e de poder local, por causa dos receios de contágio com o novo coronavírus.

Horas depois, o Supremo Tribunal estadual, de maioria conservadora, revogou a ordem do governo e determinou que as eleições deveriam ser mantidas como planeado, alegando que o seu adiamento "alterava fundamentalmente a natureza eleitoral".

A Guarda Nacional vai ajudar a administrar as mesas de voto, após milhares de funcionários das comissões eleitorais se terem recusado a comparecer, por temerem pela sua segurança, no meio de uma pandemia.

Durante a madrugada, o Presidente dos EUA, Donald Trump, usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para incentivar as pessoas a irem votar, alterando a sua posição de um outro 'tweet', umas horas antes, em que aconselhara os eleitores a "ficarem seguros".

O presidente do Partido Republicano do Wisconsin, Andrew Hitt, minimizou as preocupações com a saúde, apesar de o Estado de Wisconsin já ter registado mais de 2.500 casos de infeção e 77 mortes.

"Os eleitores de Wisconsin são muito determinados", disse Hitt, recordando que a população continua a ir aos supermercados e a outras lojas essenciais, pelo que também se podem deslocar às mesas de voto.

Mas no Partido Democrata, não faltaram vozes a criticar a decisão do Supremo Tribunal do Estado.

"Os norte-americanos não deveriam ter de escolher entre a sua saúde e o direito de votar", disse Wendy Weiser, diretora de um grupo de reflexão próximo do Partido Democrata, criticando o que considera ser um mau exemplo que teme que se possa vir a repetir noutros Estados.

Também o ex-vice-Presidente dos EUA e o candidato mais bem posicionado para ganhar as eleições primárias do Partido Democrata, Joe Biden, criticou a decisão de manter a data das eleições, considerando que a saúde dos eleitores deveria estar em primeiro lugar.

O cirurgião-geral dos EUA, Jerome Adams, ficou entre os dois campos de posição, dizendo perceber a importância de manter as datas eleitorais, mas aconselhando os eleitores a votar "da forma mais segura que puderem", seguindo as diretrizes de distanciamento social aconselhadas pelas autoridades.

"Eu digo, como negro, que sei que as pessoas morreram pelo direito de votar. Isso é muito importante para todo o país. Mas se as pessoas forem votar, que o façam da forma mais segura que puderem, mantendo dois metros de distância", disse Adams.

Nos Estados Unidos foram registados mais de 350.000 casos e morreram mais de 10.000 pessoas, por causa da pandemia covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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