O OSDH divulgou um novo balanço da violência em Soueida (sul), elevando para 203 o número de mortos desde o início dos confrontos de domingo entre drusos e beduínos, seguidos da intervenção das forças governamentais na região.
Entre as vítimas mortais estão: 92 drusos, incluindo 21 civis executados sumariamente por membros dos Ministérios da Defesa e do Interior, 93 membros das forças governamentais e 18 beduínos.
A organização, com sede em Londres, mas com informadores naquele país árabe, alertou que a província está a viver a uma rápida deterioração da situação humanitária, com várias linhas elétricas e estações de bombagem de água cortadas após dias de combates.
Simultaneamente, as lojas fecharam por receio de serem alvo de bombardeamentos ou de assaltos, e, ao mesmo tempo, há o receio de escassez generalizada de alimentos básicos e de medicamentos, devido à impossibilidade de entregar os fornecimentos por causa dos bloqueios nas estradas e das questões de segurança.
As autoridades instaladas após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, na sequência de uma ofensiva dos terroristas e dos rebeldes liderados por Hayat Tahrir al Sham (HTS), enfrentaram uma série de problemas de segurança, alguns dos quais étnicos, apesar das promessas do novo presidente de transição e antigo líder do HTS, Ahmed al Shara - anteriormente conhecido como Abu Mohamed al Golani - de estabilizar a situação.
O enviado norte-americano para a Síria, Tom Barrack, considerou hoje que a violência na região de Soueida (sul), predominantemente drusa, é "preocupante" e assegurou que está a trabalhar "com todas as partes" para que se regresse à calma.
"As recentes escaramuças em Soueida são preocupantes (...) e estamos a tentar chegar a um resultado pacífico e inclusivo para os drusos, as tribos beduínas, o governo sírio e as forças israelitas", afirmou Tom Barrack na rede social X, enumerando todas as partes envolvidas no cenário de violência.
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