Hashem Abedi ajudou o irmão a preparar a bomba, cuja explosão matou 22 pessoas no pavilhão de espetáculos Manchester Arena à saída de um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.

Após menos de cinco horas de deliberações, o júri do tribunal penal de Old Bailei, em Londres, também reconheceu Hashem Abedi, 22 anos, culpado de tentativa de homicídio de dezenas de pessoas feridas no atentado.

Foram registados 264 feridos e outras 670 pessoas pediram ajuda psicológica após o ataque, segundo dados revelados durante o julgamento.

A pena será anunciada mais tarde, em data ainda não determinada.

Hashem Abedi, que não participou no julgamento, alegava ser inocente.

Foi acusado por ter comprado material químico para fabricar a bomba utilizada no atentado, fabricado os detonadores e adquirido o carro no qual os componentes da bomba foram armazenados.

"As famílias esperaram muito tempo para que Hashem Abedi respondesse pelos seus crimes perante a justiça e penso que a maioria ficará aliviada ao saber que ele não poderá fazer mais mal a ninguém", comentou a advogada Victoria Higgins, que representa 11 das famílias afetadas.

Na abertura do julgamento no início de fevereiro, o procurador Duncan Penny considerou que o acusado era "tão culpado pelo assassínio das 22 pessoas como o seu irmão" Salman Abedi.

Hashem Abedi foi detido a 17 de julho de 2019 ao chegar a Londres, após ter sido extraditado pela Líbia, o seu país natal e para onde tinha partido antes do atentado.

O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

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