Bolsonaro viaja até à Índia para expandir mercados e atrair investimentos
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, viajou para Nova Deli na quarta-feira para uma visita oficial de quatro dias à Índia, onde se encontrará com o primeiro-ministro Narendra Modi e empresários para expandir negócios e atrair investimentos.
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Mundo Brasil
Como parte de sua primeira viagem à Índia como chefe de Estado, Jair Bolsonaro também realizará uma reunião com o Presidente indiano, Ram Nath Kovind, e será o convidado de honra do Desfile do Dia da República daquele país, comemorado em 26 de janeiro.
A agenda de Jair Bolsonaro será focada em questões económicas, uma vez que um dos objetivos da visita é fortalecer o relacionamento entre as duas nações nas áreas de alimentos, bebidas e energia.
"Nosso grande interesse é que eles [Índia] usem mais etanol em seus combustíveis", disse Bolsonaro antes de embarcar.
Em 2019, o comércio entre os dois países atingiu 7 mil milhões de dólares (6,3 mil milhões de euros).
O Brasil exportou 2,7 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) para a Índia, número considerado baixo pelo Governo, o que levou a um défice comercial de 1,4 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) em relação ao país asiático, segundo dados do Ministério da Economia.
"Ainda temos muito espaço para melhorar o comércio com a Índia", disse o embaixador Reinaldo José de Almeida Salgado, secretário de negociações bilaterais na Ásia, Pacífico e Rússia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Jair Bolsonaro também apresentará aos empresários indianos as oportunidades de investimento em diferentes setores, incluindo infraestruturas, transportes, mineração, petróleo e gás natural, além de expor o "novo clima de negócios" no país sul-americano.
O Governo brasileiro quer atrair a atenção dos investidores para o programa de privatizações e concessões que, apenas neste ano, prevê a venda de 300 ativos com os quais se espera captar cerca de 150 mil milhões de reais (32,4 mil milhões de euros)
Na área de infraestruturas, o Brasil também pretende conceder este ano à iniciativa privada a gestão de 44 projetos, incluindo sete rodovias, seis ferrovias e nove terminais portuários.
O chefe de Estado já delineou os interesses económicos do Brasil durante a 11ª reunião do BRICS, realizada em novembro passado em Brasília e que contou com a presença de líderes dos países membros do bloco: Rússia, Índia, China e África do Sul.
Na ocasião, Jair Bolsonaro e Narendra Modi realizaram uma reunião no Palácio do Planalto, na capital brasileira.
Durante a sua visita à Índia, Bolsonaro estará acompanhado por uma delegação composta por pelo menos seis ministros de seu gabinete, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Os ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia), Tereza Cristina Costa Dias (Agricultura), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Augusto Heleno Ribeiro (Gabinete de Segurança Institucional) também viajaram para o país asiático.
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