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Acusação pede absolvição de líder do partido neonazi grego Aurora Dourada

O Ministério Público pediu hoje a absolvição do líder do partido neonazi grego Aurora Dourada, Nikos Michalokialos, e de quinze outros dirigentes da organização acusados do assassínio de um 'rapper' antifascista em 2013 perto de Atenas.

Acusação pede absolvição de líder do partido neonazi grego Aurora Dourada
Notícias ao Minuto

12:38 - 18/12/19 por Lusa

Mundo Aurora Dourada

Após mais de quatro anos de audiências, a procuradora Adamantia Economou considerou que a culpabilidade do dirigente do partido e de outros responsáveis do Aurora Dourada não pode ser determinada em relação à morte de Pavlos Fyssas, 34 anos.

Num comunicado lido no tribunal, a acusação considerou que o assassínio do músico, apunhalado por um presumível membro do partido, Yiorgos Roupakias, "não foi premeditado" e que os responsáveis do Aurora Dourada não deram "qualquer ordem" para que fosse cometido.

A mãe da vítima, Magda Fyssa, disse que ficou escandalizada com a acusação. "Todo este tempo e é apenas este o seu juízo?", criticou, citada pela agência France Presse.

Com base em gravações de conversas telefónicas entre os membros do Aurora Dourada na noite em que Pavlos Fyssas foi morto, investigadores argumentaram que o assassínio foi cometido com conhecimento de quadros do partido.

No início de novembro, quando compareceu pela primeira vez no interminável julgamento, o fundador e líder do partido neonazi declarou-se "inocente" e insurgiu-se contra "um complô político" visando o Aurora Dourada.

Como uma dezena e meia de outros dirigentes e ex-deputados, Nikos Michaloliakos é acusado em particular de "liderança e criação de uma organização criminosa".

No total, à volta de 70 pessoas são acusadas neste processo por crimes que incorrem em pensas de cinco a 20 anos de prisão. O veredicto será divulgado no início de 2020.

Qualificado "de histórico" pela parte civil, o julgamento levou ao declínio do partido que não conseguiu eleger deputados nas últimas eleições em julho.

A Aurora Dourada entrou pela primeira vez no parlamento em 2012, aproveitando a crise e o descrédito da classe política.

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