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Democratas focam-se na corrupção para atacar Trump

Os democratas da Câmara dos Representantes estão a refinar a sua atuação com vista à destituição do Presidente norte-americano, Donald Trump, focando-se na alegação de corrupção.

Democratas focam-se na corrupção para atacar Trump
Notícias ao Minuto

06:36 - 15/11/19 por Lusa

Mundo Trump

A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, marginalizou a expressão latina 'quid pro quo' que tem sido usada como sinónimo de 'troca de favores', para descrever as ações de Donald Trump em relação à Ucrânia.

À medida que as audiências da investigação com vista à destituição começam a desenrolar-se em público, os democratas estão a preferir termos mais coloquiais que podem ficar melhor na memória dos norte-americanos.

"'Quid pro quo': Corrupção", disse Pelosi na quinta-feira, a propósito do telefonema, ocorrido em 25 de julho, entre Trump e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em que aquele pede a este um favor.

Trump já disse que o telefonema era perfeito, mas Pelosi contrapôs: "É perfeitamente errado. É corrupção".

A Câmara dos Representantes começou as audiências públicas como vista à remoção do 45.º presidente norte-americano da Casa Branca, processo que prossegue hoje, lançando a batalha pela opinião pública que vai testar ainda mais o país, que vive uma das eras mais polarizadas dos tempos modernos.

Democratas e republicanos estão a intensificar as suas mensagens para os eleitores, profundamente entrincheirados em dois campos.

Hoje, os norte-americanos vão ouvir o depoimento de Marie Yovanovitch, uma diplomata de carreira que Trump demitiu do posto de embaixadora na Ucrânia, depois do que um funcionário do Departamento de Estado classificou como uma "campanha de mentiras" contra ela, organizada pelo advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani.

No seu centro, o inquérito respeita ao telefonema de Trump para Zelenskiy, em julho, que captou as atenções quando um funcionário governamental, que se mantém anónimo, mas do qual se diz ser agente da CIA, apresentou queixa.

Em conversa telefónica, Trump pediu um "favor", segundo a transcrição do telefonema fornecido pela própria Casa Branca. Este "favor" consistia, em particular, no lançamento de uma investigação pela Ucrânia ao seu rival Joe Biden, que procura a nomeação pelo partido democrata para a eleição presidencial de 2020.

Mais tarde foi revelado que o governo de Trump estava a congelar o envio de ajuda militar para a Ucrânia.

"A corrupção é garantir ou congelar assistência militar em troca de uma declaração pública sobre uma falsa investigação, em período eleitoral", disse Pelosi.

A corrupção também está considerada na Constituição dos EUA como um dos possíveis motivos de destituição: "Traição, corrupção ou outros altos crimes e más práticas".

Durante o primeiro dia das audiências na Câmara dos Representantes, os diplomatas de carreira William Taylor e George Kent prestaram testemunhos sombrios sobre os últimos meses.

Revelaram como é que um embaixador foi despedido, como é que o novo governo ucraniano foi manipulado e descobriram um "canal irregular": uma política externa paralela, orquestrada por Giuliani que provocou alarmes nos círculos diplomáticos e de segurança nos EUA.

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