Países condenam ataque turco e oferecem ajuda humanitária aos curdos
A Turquia está hoje debaixo de fortes críticas internacionais devido ao ataque no norte da Síria, com vários países a pedir o cessar da ofensiva e a oferecer ajuda humanitária aos curdos.
© Reuters
Mundo Síria
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão disse hoje, em comunicado, que a operação turca contra as milícias curdas no norte da Síria causará "extensos danos humanos e materiais", para justificar o pedido a Ancara para cessar de imediato a ofensiva militar.
As autoridades iranianas, apoiantes do regime sírio de Bashar al Assad, exprimem a sua condenação da operação militar que teve início na quarta-feira e, embora digam compreender as preocupações de segurança invocadas pela Turquia, culpando os Estados Unidos pelo agravar da crise, concluem que a solução não passa por uma ação militar na região.
"A situação atual é resultado de interferência estrangeira, principalmente dos Estados Unidos", lê-se no comunicado da diplomacia iraniana, que acrescenta estar disponível para mediar o conflito, em negociações entre a Turquia e a Síria.
Também o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, "condenou veementemente" a ação militar turca, alertando para a potencial "limpeza étnica" dos curdos naquela região da Síria.
"Israel condena veementemente a invasão turca de áreas curdas da Síria e alerta contra a limpeza étnica dos curdos pela Turquia e pelos seus ajudantes (sírios)", disse Netanyahu, num comunicado, acrescentando que Israel está disponível para oferecer ajuda humanitária aos curdos.
O Governo francês convocou hoje o embaixador da Turquia em Paris, para ouvir de viva voz o protesto contra o ataque no norte da Síria.
Na quarta-feira à noite, a ministra das Forças Armadas francesa, Florence Parly, disse que a ofensiva turca é "perigosa para a segurança dos curdos, porque é propícia ao Estado Islâmico, contra o qual lutamos há cinco anos", invocando a ajuda das milícias curdas à coligação internacional que combate o grupo jihadista na Síria.
"Deve parar", disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, em curtas palavras referindo-se ao ataque turco, reforçando a ideia de que a França pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, marcada para hoje.
A operação militar de Ancara na Síria tem como alvo milícias curdas, que foram aliadas-chave dos Estados Unidos no combate ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), mas que a Turquia considera terroristas.
Desencadeada após uma controversa retirada de tropas norte-americanas, a ofensiva desencadeou críticas internacionais e até Washington ameaçou com sanções.
A intervenção turca é discutida hoje numa reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com