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Paquistão e os talibãs querem retomar as conversações de paz com os EUA

O Governo paquistanês e os talibãs afegãos defenderam hoje ser necessário retomar "o mais rapidamente possível" as negociações de paz entre os insurgentes e os Estados Unidos, rompidas no início de setembro pelo Presidente norte-americano.

Paquistão e os talibãs querem retomar as conversações de paz com os EUA
Notícias ao Minuto

10:40 - 03/10/19 por Lusa

Mundo Paquistão

Em comunicado, o ministério dos negócios estrangeiros do Paquistão afirmou que "ambas as partes concordaram que é necessário retomar o processo de paz o mais rapidamente possível" após uma reunião entre o ministro da pasta, Shah Mehmood Qureshi, e os representantes dos talibãs afegãos em Islamabad.

Qureshi encontrou-se com uma delegação de 12 membros da comissão política talibã, liderada pelo cofundador do movimento talibã no Afeganistão, Mulá Baradar, que passou oito anos preso no Paquistão.

No comunicado, as autoridades paquistanesas enfatizaram a necessidade de "reduzir a violência" no Afeganistão de modo a ser possível retomar as conversações, numa altura em que uma campanha talibã tem realizado múltiplos atentados no país.

Após o primeiro encontro, a delegação insurgente reuniu-se com o primeiro-ministro paquistanês Imran Khan.

Pouco antes da reunião, o porta-voz da delegação talibã Shuhabuddin Dilawar informou, numa mensagem de áudio, que os delegados discutiriam com Islamabad "assuntos políticos", especialmente a situação de "milhões de refugiados" afegãos no Paquistão e os "seus problemas na educação, saúde e condições de vida", e a sua movimentação entre os dois países.

Um porta-voz da embaixada norte-americana já tinha adiantado, na quarta-feira, que o representante especial dos Estados Unidos para a paz e interlocutor dos talibãs, Zalmay Khalilzad, está em Islamabad para se reunir com o Governo paquistanês.

A fonte preferiu não esclarecer se Khalilzad se vai reunir com os talibãs.

No mês de setembro, os Estados Unidos pareciam estar prontos para firmar um acordo com a formação insurgente que incluía a saída das tropas norte-americanas do país, após meses de negociações.

No entanto, o Presidente estadunidense Donald Trump deu como interrompidas as negociações de paz, celebradas no Qatar há mais de um ano, depois de um ataque em Cabul ter matado 11 pessoas, entre elas um soldado norte-americano.

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