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Presidente do Irão diz que EUA devem tirar lições do ataque iemenita

O presidente do Irão, Hassan Rohani, disse hoje que os ataques que atingiram as infraestruturas petrolíferas sauditas foram um aviso lançado pelos rebeldes iemenitas e que Riade deve tirar ilações sobre os acontecimentos.

Presidente do Irão diz que EUA devem tirar lições do ataque iemenita
Notícias ao Minuto

10:42 - 18/09/19 por Lusa

Mundo Irão

"Eles (rebeldes iemenitas) não atingiram um hospital (...) não atingiram uma escola (...) eles simplesmente atingiram um ponto industrial. Devem tirar lições sobre o aviso", disse Rohani numa reunião do Conselho de Ministros realizada hoje em Teerão.

"Tirem as vossas lições deste aviso e considerem que poderia haver uma guerra em toda a região", acrescentou Rohani, dirigindo-se à Arábia Saudita, rival regional de Teerão.

Na terça-feira, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Mohamad Yvad Zarif, afirmou que os Estados Unidos estão embaraçados porque as armas norte-americanas que foram vendidas à Arábia Saudita não impediram o ataque dos rebeldes iemenitas.

"Os Estados Unidos estão em negação se pensam que as vítimas iemenitas que durante quatro anos aguentaram crimes de guerra não fariam os possíveis por contra-atacar", escreveu o chefe da diplomacia do Irão numa mensagem difundida através da rede social Twitter.

"Responsabilizar o Irão não vai mudar nada", frisou Zarif insistindo que a "única solução para todos" é acabar com a guerra no Iémen que se agravou desde 2015, após a intervenção da coligação militar liderada pela Arábia Saudita.

A coligação que conta com o apoio dos Estados Unidos tem como objetivo expulsar os rebeldes huthis que são apoiados por Teerão.

Os rebeldes atacam com frequência a Arábia Saudita, mas os Estados Unidos denunciaram que o último ataque, em que dez aparelhos não tripulados (drones) atingiram as refinarias da Aramco, foi lançado pelo Irão.

Para responder aos acontecimentos e à escalada de tensão o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo deslocou-se a Riade.

Zarif, que voltou a negar as acusações sobre a implicação do Irão nos ataques do fim de semana, disse na mesma mensagem que os Estados Unidos não estão preocupados com os ataques "sem piedade" da coligação "contra bebés do Iémen".

Pelo contrário, sublinhou, "os Estados Unidos mostram-se muito afetados quando as vítimas (iemenitas) reagem da única forma que podem contra as refinarias do agressor".

Várias organizações não-governamentais têm denunciado que a coligação liderada pela Arábia Saudita cometeu "crimes de guerra" no Iémen porque os bombardeamentos destruíram hospitais e escolas e atingiram igualmente civis que se encontravam reunidos em cerimónias religiosas ou casamentos.

Entretanto, forças sauditas juntaram-se aos norte-americanos em procedimentos de segurança no Golfo Pérsico pela defesa dos interesses petrolíferos "que podem ser alvo" de eventuais ataques do Irão.

A agência saudita de notícias (Saudi Press Agency) cita fontes militares que se referem ao envolvimento das forças de Riade nas missões da International Maritime Security Construct.

De acordo com as mesmas informações forças da Austrália, Bahrain e Reino Unido também estão envolvidas na mesma missão de apoio à navegação e pela defesa do "comércio global".

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