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Dezenas de feridos em confrontos entre polícia israelita e palestinianos

Confrontos entre a polícia israelita e fiéis na Esplanada das Mesquitas, lugar de alta tensão em Jerusalém, fizeram no domingo dezenas de feridos palestinianos, num dia de importantes comemorações judaicas e muçulmanas.

Dezenas de feridos em confrontos entre polícia israelita e palestinianos
Notícias ao Minuto

06:35 - 12/08/19 por Lusa

Mundo Jerusalém

No primeiro dia de Eid al-Adha e depois da oração na mesquita Al-Aqsa, localizada no meio da esplanada, centenas de palestinianos começaram a cantar em árabe "Pela nossa alma, pelo nosso sangue, somos sacrificados por ti Al-Aqsa".

Os confrontos eclodiram e a polícia, que controla o acesso à esplanada, usou granadas sonoras para tentar dispersar os manifestantes que dispararam projéteis, segundo um jornalista da agência AFP no local.

"É a nossa mesquita, é o nosso Eid, mas o exército chegou e começou a bater e a lançar granadas de som", disse à AFP Assia Abu Snineh, de 32 anos.

O Crescente Vermelho Palestiniano (correspondente à Cruz Vermelha no Ocidente) relatou 61 feridos, dos quais 15 foram hospitalizados, enquanto a polícia teve quatro feridos e fez sete detenções.

Face à tensão, a polícia inicialmente bloqueou o acesso do site aos judeus que estão a comemorar um feriado religioso importante, Ticha Beav. Mas, depois de críticas, as autoridades reabriram o único portal que os judeus podem utilizar para aceder ao site.

Os judeus são autorizados a ir para a Esplanada das Mesquitas em horários específicos, mas não para rezar, a fim de evitar o aumento das tensões. O Eid al-Adha é um festival muçulmano de quatro dias, chamado de festival do sacrifício, que sucede o período da peregrinação dos muçulmanos a Meca.

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), ainda não ficou claro quem começou os confrontos nesta área sagrada para os dois povos.

Também hoje, um palestiniano abriu fogo contra soldados israelitas na fronteira de Gaza, e foi depois morto pelas forças israelitas, sendo esta a terceira troca mortal de tiros junto ao enclave palestiniano nos últimos dias.

O exército israelita referiu que "neutralizou" o palestiniano que "se aproximou da cerca de segurança no norte da Faixa de Gaza", território controlado pelo movimento islâmico Hamas, e "abriu fogo" contra os seus soldados.

"Como resultado desse incidente, um tanque israelita disparou contra um posto militar da organização terrorista Hamas na mesma área", acrescentou o exército, acrescentando que não houve baixas do lado das tropas israelitas.

O Ministério da Saúde do Hamas em Gaza confirmou a morte do palestiniano de 26 anos, de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, cujo corpo foi levado para um hospital local.

No sábado, o exército israelita disse ter matado quatro palestinianos armados com fuzis de assalto, lança-foguetes e granadas que tentaram infiltrar-se em Israel no sul da Faixa de Gaza.

Em 01 de agosto, dois soldados israelitas ficaram ligeiramente feridos e um oficial ficou mais gravemente ferido pelo disparo de um palestiniano que cruzou a fronteira e foi morto por soldados.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou hoje que o Hamas "é responsável por qualquer agressão a Gaza".

No início desta semana, um jovem soldado israelita que não usava uniforme nem arma foi encontrado morto, esfaqueado, perto de um colonato judaico na Cisjordânia ocupada.

As autoridades israelitas anunciaram hoje que prenderam dois suspeitos pelo assassínio do soldado Dvir Sorek, morte que chocou Israel.

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