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Conselho Militar condena morte de estudantes em protesto no país
O chefe do Conselho Militar, no poder no Sudão, condenou hoje a morte de cinco estudantes durante uma manifestação na cidade de Al-Obeid, no centro do país, classificando-a como "um crime inaceitável".
© Reuters
Mundo Sudão
"O que aconteceu em Al-Obeid é triste. Matar civis pacíficos é um crime inaceitável que não pode ficar impune", disse o general Abdel Fattah al-Burhane citado pela televisão pública sudanesa.
Cinco estudantes foram mortos, na segunda-feira, durante uma manifestação pacífica na cidade de Al-Obeid, no centro do Sudão, segundo um comité de médicos próximo do movimento de contestação sudanês.
O mesmo comité deu ainda conta de um número indeterminado de feridos.
O Sudão vive envolto num movimento de protesto desde dezembro de 2018, desencadeado pelo triplicar do preço do pão, mas que se transformou em contestação ao regime e levou à destituição, em abril, do Presidente Omar al-Bashir, após 30 anos no poder.
A contestação manteve-se para reclamar um Governo civil e melhores condições de vida para as populações mesmo depois da constituição de um Conselho Militar.
Em 17 de julho, os generais no poder e os líderes do movimento opositor concluíram, após difíceis negociações, um acordo sobre a criação de um Conselho Soberano composto por cinco militares e seis civis responsável por liderar o período de transição até à realização de eleições.
As duas partes retomam hoje as negociações para acordar alguns pontos em suspenso, segundo anunciou, no domingo, o mediador da União Africana para o país, Mohamed al Hacen Lebatt.
Desde dezembro, a repressão da contestação causou 246 mortos, incluindo 127 manifestantes mortos em 03 de junho num acampamento em Cartum, segundo um balanço do comité de médicos divulgado antes das manifestações em Al-Obeid.
As autoridades apresentam balanços divergentes e com números de mortos e feridos bastante inferiores.
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