Afeganistão: Negociações de paz com talibãs decorrem dentro de 2 semanas
O governo afegão anunciou hoje que iniciará as conversações de paz, dentro de duas semanas, com o talibãs, que têm estado a negociar com os Estados Unidos, por se negarem a falar com as autoridades de Cabul, que consideram ilegítimas.
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Mundo Talibãs
"As negociações cara a cara entre o Governo do Afeganistão e os talibãs começarão dentro de duas semanas", informou, em comunicado o vice-ministério para a paz afegão.
O executivo terá uma delegação de 15 membros, formada por elementos do Governo, religiosos e ativistas, para se sentar a negociar com representantes dos talibãs a fim de que seja alcançado um acordo de paz, depois de 18 anos de guerra.
A porta-voz do vice-ministério para a paz, Najia Anwari, precisou à agência de notícias espanhola Efe que as conversações terão lugar num país europeu, mas não especificou qual, mas é sabido que a Alemanha e a Noruega têm estado implicadas nos esforços de paz naquele país.
Os talibãs têm-se negado até agora a negociar com o Presidente afegão, Ashraf Ghani, por considerarem o seu Governo "ilegítimo".
Assim, o único contacto direto que houve entre o Governo e os insurgentes foi no início deste mês numa reunião em Doha, na qual os representantes governamentais estiveram presentes "a título pessoal".
Os insurgentes não se pronunciaram até agora sobre o anúncio do Governo.
Os Estados Unidos da América e os talibãs negoceiam um acordo de paz para pôr fim a quase duas décadas de conflito armado naquela nação asiática.
Até agora realizaram-se sete rondas negociais, centradas na retirada das tropas internacionais, o principal pedido dos insurgentes.
O enviado especial norte-americano para a reconciliação do Afeganistão, Zalmay Khalilzad, encontra-se neste momento em Cabul e na próxima semana viajará para Doha, para participar na oitava ronda negocial.
Em finais de junho, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou durante uma visita surpresa a Cabul que espera alcançar um acordo de paz antes de 01 de setembro, pouco antes da realização de eleições gerais no país asiático.
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