Nova vaga de detenções na Turquia por golpe falhado de julho de 2016
As autoridades turcas prenderam hoje 36 pessoas e procuravam outras 89 no âmbito dos inquéritos dirigidos a apoiantes do movimento gulenista, acusado de ter fomentado o fracassado golpe de julho de 2016.
© Reuters
Mundo Turquia
As procuradorias de Izmir (oeste) e Konya (centro) emitiram mandados de detenção dirigidos respetivamente a 42 e 40 membros das Forças armadas, referiu a agência noticiosa estatal Anadolu.
Por sua vez, o procurador de Istambul anunciou em comunicado que são procurados 40 militares, alguns já demitidos das suas funções, e o de Ancara indicou a prisão de 22 suspeitos e mandados de captura para outros oito.
De acordo com as autoridades, são todos suspeitos de ligações ao movimento do predicador Fethullah Gülen, considerado um "grupo terrorista" por Ancara.
No total, pelos menos 63 tinham já sido detidos ao início da tarde.
Gülen, instalado nos Estados Unidos desde 1999, é acusado pelas autoridades dirigir o designado Movimento Hizmet, que se terá infiltrado nas instituições turcas com o objetivo de derrubar o Presidente Recep Tayyip Erdogan. É designadamente acusado de ser o mentor da tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, mas que rejeita firmemente.
Após o golpe abordado, as autoridades turcas perseguem insistentemente os seus partidários e desencadearam uma vaga de purgas sem precedentes na história moderna da Turquia.
Mais de 50.000 pessoas foram detidas e 140.000 despedidas dos seus empregos. A vaga de detenções tem prosseguido de forma regular, cerca de três anos após o fracassado golpe.
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