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"Criador de eunucos" partilhou vídeos de mutilações com 22 mil pessoas

Norueguês liderava uma rede criminosa de modificação corporal extrema, que incluia castrações, e que rendeu mais de 2 milhões de euros. Agora, foi condenado a prisão perpétua, com uma pena mínima de 22 anos. Outras seis pessoas foram também condenadas.

"Criador de eunucos" partilhou vídeos de mutilações com 22 mil pessoas
Notícias ao Minuto

12:45 - 10/05/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Violência

Um homem de 46 anos que orquestrou uma rede macabra de modificações corporais extremas, transmitindo as mutilações online, foi condenado, na quinta-feira, 9 de maio, a prisão perpétua, com pena mínima de 22 anos, no Reino Unido.

De acordo com a Sky News, em tribunal ficou provado que Marius Gustavson era o responsável por um "negócio lucrativo" que partilhava imagens de "cirurgias perigosas, desnecessárias e que mudaram vidas", realizadas por pessoas sem qualificação médica.

Ao todo, entre 2017 e 2021, o cidadão norueguês ganhou cerca de 350 mil com o site que reunia 22.841 seguidores de todo o mundo, que pagavam para assistir a estes procedimentos cirúrgicos ilegais. Os utilizadores podiam pagar por vídeo ou ter uma assinatura anual de cerca de 115 euros. Ao todo o negócio terá rendido mais de 2 milhões de euros.

Marius Gustavson, que ficou conhecido como "o criador de eunucos", foi condenado por 29 procedimentos que o tribunal de Old Bailey, em Londres, qualificou como "quase uma carnificina humana".

Segundo a procuradora, Caroline Carberry KC, existiam ainda provas de canibalismo. O norueguês guardava membros mutilados como "troféus" num frigorífico da sua casa, em Harringay, em Londres, vendia os órgãos genitais cortados e chegou a filmar-se a cozinhar "testículos para o almoço em um "prato de salada artisticamente preparado".

E também ele foi submetido a vários tipos de procedimentos, filmados em sua casa. A 18 de fevereiro de 2017, três homens removeram-lhe o pénis. Posteriormente, um amputou-lhe uma perna e outro cortou-lhe parte do mamilo.

Segundo o The Guardian, tudo isto porque os subscritores tiravam prazer sexual com estas práticas macabras.

As 13 vítimas da rede eram pessoas "vulneráveis" que terão sido manipuladas para se submeterem aos procedimentos, que incluíram "castrações, esmagamento de testículos, remoção de pénis, congelamento de membros e até mesmo a eletrocussão de um menino de 16 anos.

Além de Marius Gustavson, outros seis homens foram condenados por fazerem parte da rede.  Peter Wates, de 67 anos, e Janus Atkin, 38 anos foram condenados a 12 anos de prisão. David Carruthers, de 61 anos, e Ashley Williams, de 32 anos, foram condenados a 11 anos e quatro anos e seis meses de prisão, respetivamente. Ion Ciucur, de 30 anos, foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão, e Stefan Scharf, 61 anos, a quatro anos e meio de prisão.

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