Embaixador dos EUA: Israel tem o "direito" de anexar parte da Cisjordânia
Israel tem o "direito" de anexar uma parte da Cisjordânia ocupada, afirmou hoje o embaixador norte-americano no Estado hebraico, David Friedman, numa entrevista ao jornal The New York Times.
© Reuters
Mundo David Friedman
"Em certas circunstâncias (...) penso que Israel tem o direito de conservar uma parte, não toda, da Cisjordânia", território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos, disse o embaixador ao periódico.
Estas declarações poderão reforçar a resistência dos palestinianos a um plano de paz criado por Washington, que ainda não foi revelado.
Os palestinianos rejeitaram este plano mesmo antes de o conhecer, porque a administração do presidente Donald Trump está desacreditada aos seus olhos devido às medidas hostis à sua causa e também por ser pró-israelita, nomeadamente ao ter decidido a transferência da embaixada norte-americana para Jerusalém, em maio de 2018.
Nenhuma data foi ainda fixada para o anúncio do plano de paz, mas não deverá responder às principais reivindicações dos palestinianos, como a instauração de um Estado soberano.
A Casa Branca prevê apresentar a vertente económica do plano a 25 e 26 de junho no Bharein.
"A última coisa que o mundo precisa é de um Estado palestiniano defeituoso entre Israel e a Jordânia", disse Friedman, acrescentando: "Nós consideramos que o bom plano chegará no bom momento, para receber uma boa reação".
Apoiante fervoroso das colónias israelitas, o embaixador também declarou que o plano de paz norte-americano está destinado a melhorar a qualidade de vida dos palestinianos, mas sem procurar "uma resolução permanente do conflito".
A colonização, por Israel, da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém leste, ilegal, aos olhos do direito internacional, mantém-se desde 1967.
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com