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Alemanha emite mandado de detenção contra alemã do Daesh

O Ministério Público Federal alemão emitiu um mandado de detenção contra uma mulher alemã acusada de pertencer ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e de ter levado sem consentimento os seus três filhos para a Síria.

Alemanha emite mandado de detenção contra alemã do Daesh
Notícias ao Minuto

11:59 - 07/06/19 por Lusa

Mundo Justiça

Num comunicado divulgado hoje, o Ministério Público explicou que a mulher, Carla-Josephine S., que já estava em prisão preventiva pela investigação aberta por rapto dos filhos, foi notificada na quinta-feira de um novo mandado de detenção, decretado em 28 de maio.

A mulher, de nacionalidade alemã, é suspeita de pertencer a um grupo terrorista, de violar a lei de controlo de armas de guerra, de rapto de três menores e de colocar as suas vidas em perigo, num dos casos resultando em morte, lesões físicas, incumprimento do dever de assistência e educação e crimes de guerra.

Segundo o mandado de detenção, Carla-Josephine S. viajou em 2015 com os seus três filhos menores para a Síria para viver no território controlado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O pai dos menores e marido da réu não concordou que os seus filhos viajassem para a Síria e durante a sua permanência naquele país não teve influência sobre as condições de vida das crianças.

Na Síria, Carla-Josephine S. vivia com os filhos em abrigos, alvo de ataques das forças contrárias ao EI, num dos quais, em 2018, uma das crianças morreu.

A acusada também levou a criança a um campo de treino para receber formação militar, em particular no manuseamento de armas de fogo, tendo o menor chegado a realizar serviços de vigilância.

A pedido de Carla-Josephine S. os três menores foram instruídos religiosamente na ideologia do EI e um dos seus filhos, que questionou esses fundamentos, foi castigado pela chamada polícia religiosa.

A mulher também tentou convencer o marido a viajar para a Síria e receber instruções para lutar com o EI, tendo o marido recusado.

Carla-Josephine S. também participou na transferência de dinheiro para membros do EI e transportou outras mulheres do grupo terrorista para campos de treino, serviço pelo qual recebia um salário mensal de 100 dólares (88 euros).

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