Venezuela: Colômbia condena incursão de militares venezuelanos no país
O Governo da Colômbia criticou hoje uma alegada incursão de cerca de 30 militares venezuelanos no seu território, num momento em que as relações entre Bogotá e Caracas estão particularmente tensas.
© Getty Images
Mundo Crise
Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano, os militares venezuelanos cruzaram a fronteira na terça-feira e entraram cerca de 200 metros em território da Colômbia em San Faustino, no departamento de Norte de Santander.
"Os soldados foram identificados pelos habitantes como pertencentes às Forças Armadas Bolivarianas, servindo o regime de Nicolás Maduro [Presidente da Venezuela], e ficaram cerca de 20 minutos na Colômbia", acrescenta o documento.
Os militares voltaram atrás depois da chegada ao local de um helicóptero colombiano enviado para "responder às chamadas da comunidade denunciando estes atos de intimidação".
Apesar de a Colômbia e a Venezuela terem uma fronteira comum de cerca de 2.200 quilómetros, o Governo de Ivan Duque, no poder desde agosto passado, não tem relações diplomáticas com Caracas.
A Colômbia é um dos mais de 50 países que reconheceram o líder da oposição Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
No final de janeiro deste ano, o presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, autoproclamou-se Presidente interino da Venezuela e foi quase de imediato reconhecido por mais de 50 países. Guaidó indicou que o objetivo era conduzir o país à realização de "eleições livres e transparentes".
No dia 30 de abril, Juan Guaidó, desencadeou uma ação de força contra o regime do Presidente Nicolás Maduro, que intitulou como "Operação Liberdade", anunciando então contar com o apoio de militares e apelando à adesão popular para novos grandes protestos.
No entanto, as chefias militares venezuelanas viriam a confirmar a lealdade a Maduro, mantendo-se a situação do país num impasse.
À crise política na Venezuela soma-se a uma grave crise económica e social que já levou mais de três milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
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